O ator Joseph Gordon-Levitt escreveu um artigo no Medium (leia-o aqui), no qual defendeu a mudança observada em Luke logo no início de Star Wars: Os Últimos Jedi. Segundo ele, deixar o personagem como o vimos pela última vez em O Retorno de Jedi seria uma chance perdida.
"A trilogia foi feita com um jovem protagonista, interpretado por um ator nos seus 20 anos. Então, 40 ANOS DEPOIS (Uma Nova Esperança foi lançado em 1977), esse ator pode fazer o mesmo personagem como um homem mais velho. Não sei quantas vezes isso aconteceu na história do cinema. Já aconteceu antes?
"[...] Um estúdio grande de Hollywood assumir tamanho risco com uma grande propriedade - de novo, apresentar o protagonista com uma luz drasticamente diferente e entregar a mensagem de que mesmo os idealistas mais puros podem ter dúvidas e lutar com a escuridão - não é uma decisão tomada priorizando o lucro a curto prazo. É o tipo de risco tomado com base no interesse de construir um mundo bom não somente para vender figuras em ação e pipocas, mas que prospera a longo prazo sobre um leito de substância literária e dignidade artística. Como fã, levo isso como um sinal de respeito de que o filme não foi apenas entretenimento, mas também um desafio provocador. Muitos dos estúdios e cineastas não pensam tão bem sobre seu público.
"[...] No final, penso que Os Últimos Jedi demonstra não apenas que podemos ter esperança em Star Wars, mas que Star Wars ainda tem esperança em nós."
Gordon-Levitt não omite o fato de que é amigo do diretor Rian Johnson - com quem trabalhou em Looper - Assassinos Do Futuro e A Ponta de um Crime -, deixando claro que não é exatamente imparcial. Porém, o ator afirma que não está de maneira nenhuma falando em nome de Johnson e reconhece que não há resposta correta quando o assunto é arte.
Star Wars: Os Últimos Jedi está em cartaz nos cinemas brasileiros - confira a nossa crítica. Já o Episódio IX chega aos cinemas em 20 de dezembro de 2019.
