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Operação Big Hero | Crítica

Depois de Frozen, Disney consegue novo hit nos cinemas

Omelete
3 min de leitura
24.12.2014, às 19H06.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H43

Depois do enorme sucesso de Frozen - Uma Aventura Congelante (primeira animação a superar a barreira de 1 bilhão de dólares nas bilheterias e primeiro Oscar de longa-metragem animado da Disney) era gigantesca a pressão para cima do produtor Roy Conli e os diretores Don Hall e Chris Williams. Veteranos da Disney Animation, eles tinham o enorme desafio de fazer a primeira animação da Disney baseada em personagens Marvel e ainda mostrar que Frozen não foi um acerto "sem querer", mas sim a solidificação de uma nova fase da Disney Animation, que cria novas franquias - e até mesmo novas princesas.

Quem acompanha os projetos da Casa do Mickey sabe que para cada Frozen, Enrolados e A Princesa e o Sapo temos por ali também Bolt, Detona Ralph (e também um filme do Ursinho Pooh). Ou seja, quando Bob Iger, presidente da Disney, percebeu que precisaria dar um "chacoalhão" no departamento de animação da Disney e comprou a Pixar - empossando Edwin Catmull e John Lasseter respectivamente como presidente e chefe de criação - ele sabia que precisava da veia criativa que pulsava na empresa criada por George Lucas no fim da década de 1970 e depois adquirida por Steve Jobs em meados dos anos 1980.

Operação Big Hero

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A fusão entre as empresas não podia dar mais certo. Assim como também funciona muito bem a mistura de San Francisco e Tóquio, gerando a São Fransókio, cidade cenário de Operação Big Hero (Big Hero 6, 2014). É lá no meio dos neóns e ladeiras que moram os irmãos Tadashi e Hiro Harada, órfãos criados pela tia. Os dois são nerds apaixonados por robótica. Tadashi, o mais velho, estuda na mais renomada universidade de tecnologia da cidade - e nas horas vagas faz de tudo tirar o caçula das confusões que se mete quando resolve participar de rinhas de robôs.

Sabendo do potencial do pequeno Hiro, Tadashi o leva até o seu laboratório, e lá apresenta seus colegas Honey Lemon (expert em química), Go Go Tomago (especialista em física), Wassabi (aficcionado por organização e lasers) e Fred (viciado em quadrinhos, bagunça e mascote da faculdade). É neste momento que conhecemos também Baymax, última invenção de Tadashi, um robô-enfermeiro que reconhece problemas de saúde ou psicológicos e faz de tudo para curá-los. A cada aparição de Baymax, prepare-se para ouvir muitos "ownnssss", pois a fofura é outra característica sua.

No melhor estilo Os Incríveis, os personagens têm de se juntar e formam um supergrupo para enfrentar um vilão que veste uma máscara Kabuki. Embora não seja inovadora, a trama tem os elementos certos para prender a atenção de crianças e adultos, com equilíbrio entre as cenas de ação e boas sacadas de humor. Mas o principal elemento é, sem dúvida, a amizade entre Hiro e Baymax, que acaba ofuscando - e tornando descartável - a presença dos outros heróis da turma. Não dá para dizer que é um desperdício, pois o elo entre os dois funciona tão bem quanto a ligação entre Daniel San e Mestre Miyagi, sem saber quem aqui é mestre e quem é aprendiz, pois um aprende com o outro o tempo todo.

Como já é comum nas animações aqui no Brasil, algumas das vozes dos personagens foram dublados por celebridades. Mas desta vez a Disney fez escolhas ousadas, convidando apresentadores de TV como Marcos Mion, Kéfera Buchman, Fiorella Matheis e Robson Nunes. E quer saber? Você nem vai se lembrar disso. A direção de dublagem tira qualquer maneirismo mais pesado e a história faz o resto. Você só vai se lembrar deste fato na hora que os créditos começarem a subir, mas daí aparece a cena final e você vai esquecer de tudo e ficar feliz com a homenagem que Conli, Hall e Williams prestam à Marvel.

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