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Troféu Platino | Pablo Trapero mistura melodrama e thriller em La Quietud

Diretor do sucesso O Clan, cineasta argentino será um dos apresentadores do Oscar latino

28.04.2018, às 19H07.
Atualizada em 03.05.2018, ÀS 14H03

Um dos maiores campeões de bilheteria da Argentina, laureado com o prêmio de melhor diretor no Festival de Veneza por O Clã (2015), Pablo Trapero tem um filme novo saindo no forno daqui há um mês, sobre o qual nada se sabe: La Quietud. Esperava-se que ele ficaria pronto para concorrer em Cannes (cujo 71º festival anual vai de 8 a 19 de maio em 2018), mas o cineasta contou ao Omelete, durante sua passagem por Cancun, para a cerimônia do Troféu Platino (a ser realizada neste domingo), que a Croisette não verá seu trabalho mais recente em primeira mão. Martina Gusmán, mulher e atriz assinatura do cineasta, conhecida por cults como Leonera (2008), contracena com Bérénice Bejo (de O Artista) numa história sobre lavação de roupa suja em família. Edgar Ramírez (o Gianni Versace do atual American Crime Story) também está no elenco. 

“Este novo filme pode ser definido como um melodrama um pouco surreal com toques de thriller sobre a relação entre irmãs. Daqui há um mês eu termino e vou saber melhor o que é”, disse Trapero ao Omelete, no intervalo de uma entrevista coletiva no Hard Rock Hotel em Cancun, que sedia amanhã a entrega do Prêmio Platino (o Oscar da Latinidade), do qual ele será um dos apresentadores.   

Sua estreia no cinema se deu há 25 anos, com Mocoso Malcriado (1993). De lá pra cá, Trapero estabeleceu seu nome como um dos renovadores da estética realista latino-americana ao falar de conflitos familiares e bolsões de violência institucionalizada, com sucessos como Abutres (2010) e Elefante Branco (2010). “Eu parto sempre das ferramentas documentais como espaço de investigação e parto dessa pesquisa para construir as bases da minha ficção”, explica ele. “Há muitos cinemas na Argentina hoje. O meu tem um traço investigativo”.

Este ano, os filmes com maior favoritismo ao troféu Platino são A Mulher Fantástica, de Sebastián Lelio (Chile); Zama, de Lucrecia Martel (Argentina); e Últimos Dias em Havana, de Fernando Pérez (Cuba). Na tarde deste sábado, num evento paralelo à cerimônia oficial deste domingo, o longa de Lelio ganhou o prêmio de júri popular.

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