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Zohan - O Agente Bom de Corte

Nem ajuda de Judd Apatow salva nova comédia de Adam Sandler

14.08.2008, às 17H30.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 09H04

Antes de começar a crítica em si, um pouco dos bastidores da Cozinha: quando chegou o convite para a cabine de imprensa de Zohan - O Agente Bom de Corte (You Don’t Mess With the Zohan, 2008), Érico Borgo disse que quando estava em Los Angeles para as entrevistas do Agente 86, vários outros jornalistas que já tinham visto a comédia do Adam Sandler estavam elogiando, dizendo até que era mais engraçada do que a protagonizada pelo Steve Carell. E eu acreditei!

Caí no conto de que a participação do "midas" Judd Apatow como co-roteirista, ao lado do próprio Sandler e Robert Smigel, poderia realmente elevar o nível. Ledo engano. Logo nos primeiros minutos já somos assolados por close-ups da requebrante região pubiana do protagonista e dois objetos (uma bolinha de areia e um peixe, se você quiser saber com precisão) se encaixando entre as nádegas de Zohan (Sandler), herói do exército israelense que está curtindo as férias na praia quando é chamado para uma nova missão.

Zohan - O Agente Bom de Corte

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De volta ao quartel, ele fica sabendo que Fantasma (John Torturro), terrorista palestino que ele tinha acabado de capturar, foi trocado por espiões do seu país e ele deve ir atrás do seu arqui-rival mais uma vez. O que ninguém sabe é que Zohan nutre secretamente o sonho de se tornar um cabeleireiro, e o novo confronto é a oportunidade perfeita para ele forjar sua própria morte e fugir para Nova York, longe daquela guerra sem fim e mais perto do seu ídolo, o "hair-designer" Paul Mitchell.

Lá no fundo, a comédia tem um teor político, criticando o eterno conflito entre palestinos e israelenses, e propondo uma solução, já que em Nova York os grupos co-habitam harmoniosamente a vizinhança do Brooklyn. Nestes momentos em que o texto sobrepõe o humor físico é que surgem seqüências genuinamente engraçadas, como o disque-hezbollah, a participação do ex-tenista John McEnroe e a tentativa de um advogado em negociar com um comerciante árabe. Pena que são tão poucos e acabam ficando soterrados pelo pastelão, principalmente os que acontecem no salão comandado por Dalia (interpretada pela linda Emmanuelle Chriqui).

"Mas se é tão ruim quanto você diz, senhor crítico-de-araque, me explique então por que fez tanto dinheiro", alguém vai me escrever daqui a alguns minutos. Bom, o motivo é o de sempre: tem o seu público. E eles que me desculpem, mas ver alguém reacendendo os desejos sexuais de um grupo de dercisgonçalves não é o tipo de humor que eu gosto.

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