Apresentado na E3 2015Horizon Zero Dawn traz um conceito bastante interessante. No título da Guerilla Games, em um mundo pós-apocaliptico extremamente distante do nosso, a humanidade regrediu a uma sociedade organizada em tribos e algumas cidades, enquanto inusitados robôs-animais dominam as vastas planícies verdejantes.

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Os humanos, porém, não são desprovidos de tecnologia, já que caçam esses animais e usam suas partes para a criação de ferramentas e utensílios, que vendem e trocam em mercados. Flechas explosivas ou elétricas, por exemplo, vêm das entranhas de um tipo específico de criatura. A caçada a um bando delas foi a primeira parte da demo que assistimos. Nela, uma manada caminha lentamente pelo pasto até que surge a heroína do jogo, Aloy, uma caçadora de recursos robóticos.

A jovem, com penteado rastafari, um arco e trajes selvagens com partes metálicas, esgueira-se furtivamente pela grama alta. À sua frente está um tipo de robô-alarme, que precisa ser detido primeiro. Afinal, se ele avistar Aloy avisará toda a fauna na região, que fugirá para outro lugar. Depois de matá-lo sem ser vista ("desculpe pequenino", ela diz, na tradição de respeito dos nativos norte-americanos), a caçadora parte para emboscar o grupo.

Aloy coloca armadilhas esticadas entre algumas rochas e depois recua para o flanco, disparando uma flecha explosiva na direção oposta dos cabos nas pedras. O grupo, assustado pelo barulho, corre então exatamente para as armadilhas, que detonam. Vários animais caem ao chão, deixando preciosas parte para que Aloy colete.

Não há muito tempo para o saque, porém. Atraído pelo barulho, um Thunderjaw corre desabalado pelo campo com enorme mandíbula robótica. O design da criatura é formidável, com 93 partes independentes, reunidas por 271 animações e 67 pontos de efeitos especiais. O resultado é um monstro robótico apenas no visual, já que se move com graça poucas vezes vista em um jogo.

Cada uma das partes têm seus próprios pontos de defesa, o que torna o combate bastante desafiador. Aloy precisa atacá-lo nas partes certas, ou nada acontecerá. Há pontos como o pescoço e o núcleo cerebral - protegido por grossas placas de metal -, porém, que podem dar uma morte rápida ao monstro. Felizmente para a heroína ele já chega debilitado por uma outra luta nesse mundo intensamente povoado. Prova disso são as pontas de lanças que surgem de sua carcaça. A cada ataque bem sucedido, partes caem ao chão, inclusive uma metralhadora, que Aloy pode apanhar e usar como uma minigun. O resultado é devastador.

O monstro, porém, ainda tem cerca de 60% de sua vitalidade e pelo menos 12 ataques especiais restantes. Ou seja, rende uma ótima luta para a caçadora, que dispara suas flechas e tenta segurá-lo no chão com arpões. A necessidade de uma estratégia é visível, já que não há combate de proximidade no game quando as grandes feras estão em tela.

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Os desenvolvedores não falam ainda sobre o pano de fundo narrativo, mas tudo indica que os segredos desse apocalipse distante serão o grande mistério do título. As tribos e suas relações também terão papel central na trama, que discute primitivismo e alta tecnologia, com uma árvore de habilidades extensa e mapa gigantesco. Basicamente, cada ponto que pode ser observado da linha de árvores mais próxima ao pico de montanha mais distante no horizonte pode ser visitado pelo jogador, prometem os produtores.

Com visual empolgante, um mundo aberto repleto de possibilidades e essa instigante história, Horizon Zero Dawn pode ser um dos grandes lançamento de 2016. Isso se o estúdio que criou a série Killzone conseguir entregar toda a sua promessa.