E3 2016 mal começou e já está marcada pela quantidade significativa de informações vazadas. E, entre as grandes produtoras, nenhuma foi tão afetada quanto a Electronic Arts - não só por conta da quantidade de novidades publicadas antes da hora, mas pelo terrível timing. Numa época em que o hype e a empolgação falam mais alto, problemas como este se provaram um duro golpe para a publisher.

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Dois dos principais games a serem mostrados - Titanfall 2 FIFA 17 - tiveram suas principais informações divulgadas com menos de três horas antes da conferência. Com pouco tempo para preparar alternativas, a produtora decidiu admitir os vazamentos, publicando os trailers oficiais online. Vince Zampella, diretor da Respawn, fez até uma brincadeira meio sem graça sobre o ocorrido.

Se a atitude honesta é no mínimo louvável, o que sobrou para fazer surpresa aos jogadores não foi tão empolgante, principalmente pela falta de preocupação da produtora em gerar empolgação. A EA insiste em divulgar jogos por meio de vídeos de bastidores que não tem um décimo do hype de um trailer e, no fundo, também acabam não divulgando tanta informação.

Com esse tipo de abordagem, Mass Effect: Andromeda, o qual os jogadores já esperavam ter algum tipo de informação mais substancial, teve mais um vídeo de bastidores - o mesmo tipo de material mostrado há dois anos, quando o jogo foi anunciado. Até com Star Wars, que consegue empolgar mesmo mostrando pouco - os trailers iniciais de O Despertar da Força são o melhor exemplo -, a EA decepcionou, mesmo tendo diversos projetos em desenvolvimento por vários estúdios.

Até mesmo nos demais tipos de atração a EA quase repetiu o que aconteceu no ano passado: para o futebol, uma personalidade do meio - a desta vez foi o técnico José Mourinho, em uma segunda apresentação em Londres, concomitante à de Los Angeles - e, talvez o fato mais interessante da conferência toda, o anúncio de um selo para produtoras independentes chamado EA Originals, motivado pelo sucesso de Unravel. Talvez por não ter sido tão mais afetado pelos vazamentos, até Battlefield 1 acabou empolgando mais o público.

A EA apostou pesado em disponibilizar os jogos para o público, em um evento separado da E3, mas também precisa lembrar que há uma grande quantidade de fãs que não terão a oportunidade de experimentá-los. Para eles, é o espetáculo que vai mantê-los interessados em seus jogos, e neste ponto, a produtora ficou devendo.

Apesar de o pé no chão ser uma atitude que não engana os jogadores - não há como ser cobrado por algo que você não prometeu - a EA foi displicente ao não saber vender seus jogos novos, principalmente os que ficam para depois de 2016.

E você? O que achou da conferência da EA? Deixe seus comentários.