A Rocksteady deixou sua marca no mundo dos games ao dar ao gênero dos super-heróis seu primeiro grande jogo: Batman Arkham Asylum. Agora, a desenvolvedora dá seus primeiros passos nas experiências de realidade virtual com Batman Arkham VR - e mais uma vez coloca o Cavaleiro das Trevas no centro do palco.

None

Usando um PlayStation VR, o visor da Sony, e dois controles PlayStation Move, adentrei o mundo do Batman primeiro como Bruce Wayne. Em um salão da mansão Wayne, completo com um enorme lustre central - que observei ao olhar para cima, obviamente -, Alfred se aproximou falando de um crime que afetava dramaticamente a família.

"O senhor vai precisar disso", falou, esticando uma chave. Estendi a mão direita aberta em direção ao mordomo, apanhando o item ao pressionar o gatilho do Move - que fecha os dedos. Com a chave, abri o piano e toquei algumas notas... ativando um elevador em direção à batcaverna. A descida passou por camadas de concreto e rocha, revelando a paisagem subterrânea com cascatas d'agua, morcegos, equipamentos e até o icônico troféu-tiranossauro do herói.

No final da jornada, a transformação do playboy no Cavaleiro das Trevas. Um braço mecânico trouxe o uniforme do Batman até a minha frente. O símbolo no peito iluminado como um holograma. Sem saber o que fazer, arrisquei tocá-lo. Nada. Experimentei pegar - e o holograma ficou entre meus dedos. Alguns segundos de indecisão depois, sem saber o que fazer com aquele logo luminoso, e tive a epifania... o que você faz com o símbolo do Batman? O coloca no peito.

O gesto iniciou uma sequência. Primeiro a roupa. Depois, as luvas - que preferi colocar uma a uma. Por fim, o capuz, que segurei com ambas as mãos e coloquei sobre a cabeça. "Hora de calibrar o uniforme", disse Alfred - e um espelho surgiu. Ao olhá-lo, eu era o Batman imortalizado pela Rocksteady.

Na sequência, pude testar o disparador de gancho, o analisador de evidências e, claro, os batrangues. Todos devidamente guardados no cinto de utilidades - que você consegue ver se olhar pra baixo (só ele e as mãos são visíveis no game). Arremessar os batrangues funciona com o movimento natural de arremesso, soltando o gatilho no momento em que o braço está estendido.

O jogo em si se foca no lado detetive do Homem-Morcego. A sequência que pude experimentar coloca o herói perante um cadáver em um beco de Gotham City. Nesse primeiro momento, apenas o uso do analisador foi necessário, identificando fraturas e iniciando uma daquelas sequências de "rebobinar o tempo" da série Arkham.

Ainda que o personagem não se mova pelo espaço livremente, é possível trocar de posição no ambiente (há quatro ou cinco pontos de interesse possíveis). Ao final da investigação, um som poderoso forçou-me a olhar para cima... onde a batwing pairava. Mão em direção ao cinto, peguei o disparador de gancho e, com um disparo em direção ao veículo, encerrei a demo, bem mais feliz e convencido de que a realidade virtual vai mesmo dominar o cenário nos próximos anos.

A qualidade dos gráficos é ótima, mas como em todas as experiências de VR ainda não tem o detalhamento dos consoles atuais. A imersão compensa a qualidade das texturas e volumes, porém. Há Gotham por todos os lados, afinal. E você é o Batman. Um belo começo para uma tecnologia que ainda tem muito o que mostrar.

Exclusivo para o PlayStation 4, Batman Arkham VR sai em outubro.