O vídeo de demonstração do game Sea of Thieves na E3 2016 prometia uma experiência cooperativa como poucas nos jogos. Afinal, conduzir um navio pirata pelos mares turbulentos do Caribe, infestados de míticas criaturas, tripulações inimigas e outros desafios exóticos, não é algo comumente encontrado nos consoles.

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A demo apresentada pela desenvolvedora Rare, porém, não mostrou devidamente a que o jogo veio - e certamente passou longe das suas pretensões. A tripulação precisa operar de forma cooperativa e coordenada, preferencialmente sob o controle de um capitão, para realizar a série de tarefas bucaneiras necessárias para colocar um navio em curso, singrando os mares.

A simplicidade cartunesca dos personagens e controles pode até ser interessante, mas sem atividades diversificadas para que essa mecânica de coordenação seja testada, não há muita graça em jogar com desconhecidos em um evento como a E3.

Basicamente, tudo o que havia para fazer era assumir o leme - tarefa que ninguém no grupo de testadores teve muito saco de fazer, pela lentidão em se manobrar um navio -, içar a âncora, baixar as velas e esperar para que um navio inimigo surgisse no horizonte. Algo que demorou - demais - na demo de 15 minutos.

Quando enfim as naus se encontraram e as balas de canhão (cujo disparo também é função do grupo) começaram a voar, a demo estava prestes a terminar. O silêncio entre os jogadores - todos desconhecidos entre si - também não ajudou. Definitivamente este é o tipo de experiência que fica muito melhor entre amigos.

Esperava mais dessa demonstração, mas o game deve ser muito mais amplo e divertido que o segmento a que tive acesso. Certamente merece uma nova chance pela ideia e tema.

Exclusivo para Xbox One e PCs, Sea of Thieves deve ser lançado até o fim do ano.