Ghost Recon: Wildlands marcará a estreia da famosa franquia de jogos baseada no universo do autor Tom Clancy na atual geração de consoles. Apesar de não estar disponível na Brasil Game Show 2016, a Ubisoft trouxe o designer sênior Matthew Tomkinson para o evento, onde batemos um papo sobre acessibilidade, tecnologia e customização.

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Falando sobre o jogo agora, o que você pode me dizer sobre Ghost Recon: Wildlands?

É um shooter militar tático, cooperativo do começo até o fim. Seu objetivo é derrubar um cartel mexicano que tomou conta da Bolívia. Você joga como os Ghosts, uma equipe infiltrada atrás das linhas inimigas, podendo escolher sua abordagem. Isso significa que você pode escolher qualquer província do vasto mundo aberto logo de cara, mesmo as mais avançadas. Nas missões também há uma grande variedade de estratégias: ser furtivo, entrar atirando, usar drones, etc.

Customização foi um ponto central de Future Soldier, de 2012. Como vocês estão aplicando isso em Wildlands?

Bom, eu trabalhei nos menus e interface do jogo e o Blacksmith está de volta, trazendo uma enorme quantidade de opções para seu equipamento. Se você curte armas, vai poder mudar quase tudo, até mesmo o gatilho. Tudo é renderizado com um altíssimo nível de detalhes, e também é possível mudar seu personagem, seja para criar um homem ou mulher e fuçar na sua apariência. Wildlands é um jogo sobre liberdade, e a customização tem papel importante nisso.

Ainda que a jogabilidade seja um ponto central da franquia como um todo, vocês estão trazendo uma campanha com narrativa. Você pode me falar um pouco disso?

A forma que abordamos a história é um pouco diferente pois queremos ser o mais autêntico o possível, com uma organização que atua em todos as frentes de um legítimo cartel de drogas, com aspectos como influência, segurança e tráfico. Não são personagens necessariamente maus, alguns são renomados cientistas que trabalham na produção de cocaína. Nem sempre será apenas aquela coisa de matar os vilões, e sim de encontrar maneiras de desestabilizar os criminosos.

O jogo anterior apresentava tecnologia futurista, com camuflagem óptica e coisas do tipo. Como vocês estão lidando com tecnologia dessa vez?

É menos tecnólogico, muito menos. Tudo tem uma enraizada, a coisa mais futurista disponível no game são drones mas ainda sim a tecnologia e os equipamentos são próximos à realidade. Wildlands descarta a fantasia de poder em prol da autenticidade.

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Ghost Recon começou quase como um simulador estratégico de guerra onde o jogador era constantemente punido pelos seus erros, algo que foi sendo deixado de lado nos jogos futuros que investiram mais em acessibilidade. Vocês já cogitaram fazer um novo game da série com apelo hardcore?

Isso é uma boa pergunta. Realmente fazemos jogos acessíveis - afinal queremos que mais jogadores possam aproveita-los - mas isso não significa que eles são fáceis. Pelo contrário, Ghost Recon é muito, muito difícil. Os jogos atuais são pensados para serem um verdadeiro desafio onde você pensa e analisa todas as suas ferramentas antes de cair de cabeça na ação.

Esse é o primeiro Ghost Recon à ser lançado após o falecimento de Tom Clancy. Vocês planejam homenagear de alguma forma o autor que ajudou a criar a franquia?

Temos roteiristas - principalmente na Red Storm Studios, da Ubisoft - que são especialistas na marca Tom Clancy, e nossa homenagem será tentar ser o mais autêntico o possível. Nosso jogo não mostra uma história real mas sim uma possibilidade, fortemente enraizada na nossa realidade.

Ghost Recon: Wildlands chega ao PlayStation 4, Xbox One e PC em 7 de março de 2017. Já a Brasil Game Show acontece no São Paulo Expo entra os dia 1 e 5 de setembro.