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Nós vimos <i>Matrix Revolutions</i>

Nós vimos <i>Matrix Revolutions</i>

31.10.2003, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

Matrix Revolutions
EUA - 2003 - 129 min.

Ficção científica

Direção: Larry & Andy Wachowski
Roteiro: Larry & Andy Wachowski

Elenco:


  Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Hugo Weaving, Mary Alice, Monica Bellucci, Jada Pinkett Smith, Sing Ngai, Lambert Wilson, Harold Perrineau Jr., Nona M. Gaye, Daniel Bernhardt, Anthony Wong

Os leitores veteranos do Omelete estão cansados de saber, mas os mais novos podem ter dúvidas sobre a natureza deste texto, portanto antes de começar a falar sobre Matrix Revolutions, vale comentar um pouquinho sobre o que é este artigo. A sessão "Nós vimos" não se trata de resenhas completas, críticas elaboradas e tecnicamente mais abrangentes, mas sim, tenta passar o sentimento de ter assistido a determinados filmes aguardadíssimos logo no calor da saída do cinema. Apresentações feitas, vamos ao texto!

Depois da atualização da madrugada do Omelete, começou a ansiedade. E se o despertador falhasse? Eu não podia perder a sessão para a imprensa de Matrix Revolutions. Solução: dois despertadores. Um na tomada, outro na bateria. Por via das dúvidas, ligar para a namorada e pedir para que ela, madrugadora, telefonasse logo cedo para me acordar. Precaução nunca é demais, afinal, o Omelete só tinha direito a um representante na exibição, controladíssima pela Warner Brothers. Se me acontecesse alguma coisa, ficaríamos sem a resenha (e sem leitores, claro).

Felizmente, o esquema de segurança deu certo. Nenhum dos despertadores falhou e o trânsito ajudou (vou pular toda a parte dos afazeres matinais porque não é isso que você quer ler, certo? espero que não...). Cheguei à sala de cinema na hora marcada, conversei um pouco com os amigos e passei pela segurança. Sim, havia dois "Agentes" revistando cada um dos jornalistas para barrar qualquer tentativa de fotografar ou filmar a projeção.

Rumei em direção à cadeira do meio da quarta fileira da sala 1 do Unibanco Arteplex, meu lugar preferido de São Paulo. Estava vago. Oba! Cinco minutos depois, a diretora de marketing da WB fez uma breve apresentação e as luzes apagaram-se. Trailer de O último samurai. Bacana. Logo da Warner verde. Código da Matrix. Começou o tão aguardado capítulo final de uma das trilogias mais cultuadas da história do cinema!

A partir daqui, qualquer coisa que eu diga sobre a história, além da sinopse oficial, vai estragar surpresas. Portanto, vou concentrar-me no que eu esperava do filme e o que ele mostrou. A "revolução" do título é meramente textual. Tecnicamente, o longa-metragem não inova em sentido algum. Tudo é uma atualização dos momentos anteriores. Entretanto, isso não é um demérito num longa que fecha uma seqüência. Pelo contrário.

Dentro da franquia, coloco Revolutions à frente de Reloaded. Obviamente, anos luz atrás de Matrix. O primeiro é imbatível, por uma razão muito simples, que pretendo discutir na resenha, que será publicada terça-feira aqui no Omelete. O terceiro filme é mais contido nas verborragias e nas lutas sem sentido, o que compensa o fato de ser plasticamente menos atraente que o capítulo do meio. O clímax é uma sangrenta guerra e guerras são pouco atraentes. Além disso, ele se aproveita melhor de todos os capítulos da série animada Animatrix, além de retomar o game Enter the Matrix do ponto exato em que parou. Como exercício multimídia, o filme é um deleite.

Entretanto, talvez a maior falha do final seja a previsibilidade. O clímax é exatamente o que eu esperava. Prova da minha sagacidade? Nada disso. Qualquer pessoa que já tenha assistido a filmes suficientes na vida consegue imaginar o final mais previsível para a trilogia. Novamente, ainda não estou certo se isso é algo tão ruim. Afinal, quando se tem milhões de dólares em jogo, brincar de Garrincha aos 43 do segundo tempo não é uma opção.

Pra completar, 129 minutos depois do início, a primeira coisa que consegui pensar foi "um final digno para o filme que mudou a ficção científica". Ah, uma dica... conferi-lo ao meio-dia (horário de Brasília) do dia 5 de novembro, sabendo que milhões de pessoas estarão fazendo a mesma coisa que você naquele exato momento (pra quem esteve em Marte, o filme será exibido simultaneamente em 20 mil salas no mundo todo - leia aqui) deve ser uma piração. Recomendo! Garanta o seu ingresso AQUI e tenha um ótimo filme!

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