O Justice, no ano do lançamento do seu primeiro projeto, foi um dos principais nomes da cena eletrônica mundial. Graças ao álbum Cross, que apresentava uma sonoridade única e diferente de tudo o que estava sendo realizado há época, a dupla alcançou a relevância máxima entre ouvintes que buscavam peso e entretenimento dentro do universo eletrônico.
O disco, lançado no agora distante 11 de junho de 2007, alcançou o topo das paradas de música eletrônica do Reino Unido e dos Estados Unidos e é descrito por seus criadores, Gaspard Augé e Xavier de Rosnay, como uma "Ópera Disco". Essa é uma definição interessante, justamente pelo projeto apresentar características muito bem definidas. Isso fica claro, pois mesmo quando partimos de uma música com sonoridade mais brutal e crua, como "Stress" - com um dos clipes mais pesados e provocadores de todos os tempos - para “D.A.N.C.E”, faixa dançante e com um vídeo de visual leve, ainda é possível identificar os traços sonoros de seus criadores sem que a identidade seja perdida - veja.
Assim, com um clima estabelecido desde as primeiras notas lançadas em "Genesis", que abre o projeto, em conjunto com as faixas de audição menos complexas como a já citada "D.A.N.C.E" e "Newjack", ou ainda as fortes "Phantom"/"Phantom Pt.II", mais a trinca de fechamento "Stress", "Waters of Nazareth" e "One Minute to Minight", garantem uma obra coesa e marcante que se expande ganha novos elementos a cada audição.
Mas agora cabe a você ouvir e tirar suas próprias conclusões a respeito de um dos álbuns mais marcantes da música eletrônica da última década.
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