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Jack Johnson faz luau no Espaço das Américas e conquista público com simpatia

Show intimista traz sua talentosa banda

08.11.2017, às 00H52.
Atualizada em 08.11.2017, ÀS 02H02

O Espaço das Américas virou praia na noite de 7 de novembro, quando Jack Johnson subiu ao palco e transformou o lugar em um luau. Com poucos adereços e nada ostensivo, o visual da performance do havaiano é intimista: apenas algumas luzes que fazem o lugar parecer um oceano e, no teto, pequenas laternas que mudavam de cor de acordo com a música. O cenário foi perfeito para o que o compositor entregou: músicas cativantes e muito charme em uma apresentação simples, mas cheia de talento.

O músico subiu ao palco já dando boa noite em português e tocando “If I Had Eyes” e “You Can’t Control It”, mas foi na terceira música, “Never Know”, do álbum queridinho do público In Between Dreams de 2005, que a plateia animou de verdade e cantou junto.

As primeiras músicas já foram o suficiente para entender a capacidade dos músicos que acompanham o compositor e vocalista. O tecladista Zach Gill, que rouba a cena em diversos momentos do show, o baixista Merlo Podlewski e o baterista Adam Topol chamam atenção pela perfeita harmonia que trazem ao palco. Tudo isso com Johnson na frente conquistando a plateia resultou em um show envolvente. Em “Rodeo Clowns”, Podlewski divide o microfone com o frontman e os dois fazem um belo dueto. E a banda brilhou de verdade com muita química ao tocar a nova "Big Sur", quanto todos os integrantes se reúnem no meio do balco, Topol sentado no cajón e Gill tocando acordeão.

Mas Johnson conquistou de verdade o público quando começou a ler os cartazes dos fãs que se espremiam na primeira fileira. Chamando um deles ao palco para realizar seu desejo, Johnson deu um violão e dividiu a voz da música inédita “Sunsets For Somebody Else”, do último álbum. A espontaneidade e boa vontade de Johnson, de estreiar uma música por um pedido de fã, garantiu a simpatia do público, empolgado de testemunhar o momento. O vocalista ainda encorajava o nervoso admirador, que se dizia nervoso mas cantou e tocou muito bem. O mesmo pode ser dito de outro fã, que foi chamado para a performance de “I Got You”.

A apresentação oscilava na animação, com músicas mais lentas e boas baladas mais agitadas, como “You and Your Heart”, “At Or With Me” ou a ótima “Bubble Toes”, que teve dancinha do vocalista e um carismático solo de escaleta. Nesse momento, Johnson tentou um fracassado crowd surf, mas a intenção valeu e o público adorou. Outra que contou com grande animação foi “Banana Pancakes”, dessa vez com crowd surf de Zach Gill, que soube fazer melhor que o performer principal.

Em duas horas de palco, Johnson entregou tudo que o público queria. Os hits “Upside Down”, “Good People”, “Sitting, Waiting, Wishing” contaram com muito celular no ar, e bastante cantoria. Na volta para o bis, o havaiano voltou sozinho com o violão para fazer uma performance especial e inesperada de “Willie Got Me Stoned and Stole All My Money”, também a pedido de um cartaz de fã, além de “Times Like These”, antecipada por grande parte da plateia. O show acabou com a volta da banda e “Better Together”, antes do simpático frontman se retirar, com um simpático aloha

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