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KoRn mostra que envelheceu bem em show paulistano

Grupo está divulgando seu novo disco The Serenity of Suffering

20.04.2017, às 02H16.
Atualizada em 20.04.2017, ÀS 11H25

O KoRn já está na estrada há mais de 20 anos e não é exagero afirmar que continua o mesmo, no bom sentido.

Korn Shows no Brasil

O público da banda já não é tão grande e nem tão jovem como no início dos anos 2000, mas marcou presença. A casa não estava cheia, mas a empolgação da galera fez valer a pena a vinda dos norte-americanos para o Brasil, nesse caso, São Paulo. O show começou pontualmente e logo de entrada, trouxe a sensação de como é bom ouvir a banda com toda sua força ao vivo. Isso em conjunto com uma plateia ligada no que acontece no palco e respondendo a todos os estímulos do vocalista Jonathan Davis.

Com uma entrada forte a banda mostrou que não está para brincadeira com três faixas pesadas e que colocou o público pra pular. Davis ainda mantém um vocal limpo e potente como no início da carreira, algo admirável e que entusiasma ainda mais. Isso tudo em conjunto com a boa performance de Tye Trujillo (de 12 anos) - escalado para substituir o baixista oficial da banda durante a parte sul-americana da tour - fez a noite valer a pena para os fãs.

Não dá pra negar que depois de ver a banda tocando "Deep Inside" e "Somebody Someone", me vem à cabeça um programa da MTV no qual Jonathan comentava que, pra ele, os shows eram tão intensos que não se lembrava de nada depois, será que isso ainda continua? Ao vivo, mesmo com uma sonoridade que relembra muito o início dos anos 2000, as sincopes sonoras ficam ainda mais pesadas e certeiras, o que dá mais punch para quem está ali, suando a camisa enquanto ouve o repertório dos caras.  O grupo,  em meio as suas faixas, ainda tocou trechos de  "We Will Rock You", do Queen, e "One", do Metallica, banda na qual toca Robert Trujillo, pai de Tye. Um detalhe interessante nessas misturas é a forma como o show flui, sem sobressaltos, com o público cantando tudo e respondendo aos estímulos sem filtros.

Depois de ter mostrado o poder da performance do grupo, já com quase uma hora de show, Davis aproveitou para apresentar Tye para a plateia afirmando que e o menino é um dos melhores músicos que ele já teve o prazer de ter no palco. Sem dúvida uma grande responsa.  Com tudo isso em destaque não dá pra negar que as faixas mais clássicas, como “Falling Away From Me” e “Freak on a Leash”, dos discos mais conhecidos, envelheceram muito bem e não perderam potência com os anos. Isso, mesmo com um som tão característico e que tinha tudo pra soar datado demais.

Por fim, depois de pouco mais de 1h20 de show, é interessante ver como o KoRn cria nuances para suas faixas pesadas alternando entre momentos mais fortes e passagens climáticas, tudo sem perder a identidade ou a potência do som, detalhe que gera uma ótima atmosfera e nuances que se complementam por todo o tempo da apresentação. E toda essa mistura de sons e sentidos acabou de forma rápida, com um despedida na medida, sem bis, mas da forma que parece ter agradado aos fãs do velho grupo de new-metal.

O KoRn agora continua divulgando seu disco mais recente, The Serenity of Suffering, com shows em Curitiba (21) e Porto Alegre (23).

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