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Crítica

deadmau5 - W:/2016ALBUM/ | Crítica

Produtor e DJ se mantém fiel a sua sonoridade, mas não consegue sair da zona de conforto

25.01.2017, às 16H48.
Atualizada em 31.03.2017, ÀS 17H52

Quando deadmau5 anuncia um novo álbum, os amantes da música eletrônica aguardam ansiosos. Ele produz em ritmo acelerado e transforma seus canais on-line em um grande vertedouro de boas músicas. No entanto, com W:/2016ALBUM/, lançado no final de 2016, o rato ou Joel Zimmerman [seu nome de batismo] parece não ter dado tudo que podia.

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O disco com 11 faixas inéditas que se transformam em uma ode ao que ele sabe fazer melhor: Uma mistura entre progressive house, electro house e outras vertentes, mas sempre com a sua assinatura sonora. Dessa vez é possível ouvir muitos elementos marcantes em sua discografia, mas que não chegaram a evoluir de maneira marcante.

No entanto, mesmo com esse detalhe, Zimmerman apresenta um trabalho consistente e agrada os fãs que não buscam por surpresas, mas sim por um bom disco para ouvir e dançar sem grandes sobressaltos, mas quando paramos para perceber o potencial que um produtor como Mau5 tem, é praticamente impossível não correlacionar a falta de evolução em certos momentos do trabalho com o fato do produtor ter afirmado, por meio do Twitter, que não gostou do disco justificando que o projeto só foi lançado agora "para pagar contas”.

E claro, com todos esses fatores, W:/2016ALBUM/ não parece contar com nenhum clássico de tempos anteriores, mesmo com faixas que emulam grandes nomes da música eletrônica como Gui Boratto e Eric Prydz. Ainda, dentro dessa questão, o projeto não apresenta a cara de um mix, mas sim de um álbum, com faixas isoladas que chegam a um objetivo maior, mas fogem do conceito mais usado na música eletrônica atual. E isso dá uma proposta diferente ao projeto e muda completamente a forma de aproveitar o som criado pelo Rato.

De qualquer forma, mesmo com todos esses detalhes, o novo disco de deadmau5 apresenta boas faixas como “4ware”, “2448”, “Deus Ex Machina”, “Imaginary Friends” e "Let Go", que mostram como, sem sair da sua zona de conforto, o produtor ainda consegue entregar boas criações que empolgam e cumprem com seu papel.

Por fim, esse é um projeto para ser ouvido sem grandes pretensões e que, apesar de parecer um pouco apressado, ainda surpreende por garantir bons momentos mantendo Mau5 na lista dos grandes produtores de música eletrônica do planeta.

Nota do Crítico
Bom

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