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Crítica

Keane em São Paulo | Crítica

Banda inglesa traz pela segunda vez a turnê Strangeland ao Brasil

04.04.2013, às 16H09.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H56

Quando veio ao Brasil para abrir uma apresentação do Maroon 5, estava claro que a música do Keane não combinava com a grandeza do Anhembi. Quase um ano depois, eles voltaram à São Paulo para um show no Credicard Hall, um ambiente menor e mais adequado para o pop que banda desfilou durante uma hora e meia.

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Fotos: Mariana Uchôa

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Confira a galeria de fotos do show do Keane em São Paulo

Antes mesmo de começar a cantar "You Are Young", faixa de abertura, o grupo já mostrava que não é afeito a encenação - não há mistério na entrada dos integrantes ou na troca de instrumentos entre as músicas, pelo contrário, as luzes atrás do palco são deixadas acessas a quase todo momento. Os ingleses se mantêm fiéis a execução perfeita de seus sucessos e são bem comandados por um agitado e simpático Tom Chaplin.

No começo da carreira, o Keane era conhecido por não usar guitarras, havia uma preferência pelo piano em todos os arranjos. O instrumento principal continua, mas desde os últimos dois discos, Perfect Symmetry e Strangeland, há guitarras em boa parte das músicas. Dessa forma, o repertório fica mais diversificado. A união entre baladas como "We Might as Well Be Strangers" a britpops como "Silenced By The Night" fazem o show nunca perder o ritmo.

O primeiro grande hit vem em "Everybody's Changing", do álbum de estreia, Hopes and Fears, de 2004 - disco esse que compõe quase um terço do setlist com singles como "Somewhere Only We Know", "Bend and Break", "We Might as Well..." e "Bedshapped". Além da boa voz de Chaplin, também vale o destaque para o backing vocal dos outros quatro integrantes, sempre afinados - principalmente o baterista Richard Hughes. Tim Rice-Oxley, fundador e pianista, é a alma da banda, desde a composição (grande parte das letras são dele) até os arranjos, pois por mais guitarras que se inclua, os teclados continuam como a marca do Keane.

Confira a galeria de fotos do show do Keane em São Paulo

No palco, a banda se mostra ainda melhor do que no disco. As músicas de Strangeland funcionam bem ao vivo e complementam com "Is It Any Wonder?" e "Spiralling" a melhor e mais agitada faceta do grupo. Se pouco diversifica na temática de suas canções, o Keane pelo menos tem a ousadia de, paulatinamente, mudar sua sonoridade. Nesta última turnê, a notória maturidade na performance dos ingleses deixa seu show afeito a qualquer público, sem desagradar os fãs mais ardorosos.

Nota do Crítico
Bom

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