Música

Crítica

RUSH - 2112 40th anniversary | Crítica

Grupo relança um de seus discos mais emblemáticos para fãs antigos e novos

24.01.2017, às 13H32.
Atualizada em 31.03.2017, ÀS 17H53

Para comemorar os 40 anos do suntuoso épico 2112, o Rush acaba de lançar uma edição super luxuosa do clássico disco de 1976. O álbum foi remasterizado no Abbey Road Studios e ganhou um tratamento de luxo para esta celebração.

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Os fãs da banda podem escolher entre a versão mais “tradicional” do CD, com uma embalagem que traz o CD original remasterizado, um disco de bônus repleto de covers e takes ao vivo e um DVD com um show do Rush realizado no Capitol Theatre em 1976, além de vídeos bônus incluindo até um mini documentário/entrevista sobre o álbum com Alex Lifeson e Terry Brown.

Como não poderia deixar de ser, há também a edição ultra-mega-master-blaster-super-deluxe: um box impressionante com os mesmos discos (2 CDs e 1 DVD) da edição comum + um LP triplo + réplicas de cartazes de shows + fotos dos membros da banda + bottoms + tapete para prato de toca-discos + encarte com novas notas sobre o álbum e sua produção.

Seja qual for a opção escolhida, um dos pontos altos dessa nova edição são as gravações covers. Tem Dave Grohl, Taylor Hawkins e Nick Razkulinecz fazendo "Overture", Billy Talent fazendo "A Passage To Bangkok", Steve Wilson (o novo guru do progressivo e dos relançamentos deste estilo) fazendo "The Twilight Zone", Alice In Chains fazendo "Tears" e Jacob Moon interpretando "Something For Nothing". É interessante ouvir estes clássicos em novas interpretações, com um olhar diferente, um tributo de respeito a uma obra que há 40 anos influencia e inspira tanta gente.

E, óbvio, o melhor da festa é a própria remasterização. Cada detalhe de 2112 foi resgatado em toda a sua pureza. Os instrumentos não se confundem, nada soa comprimido ou abafado. As gravações originais ganharam mais brilho, mais vida, mais corpo. Seja nas passagens complexas da suíte-título ou nas partes mais acústicas como a introdução de Tears, tudo é cristalino: violões, vocais, bateria. O baixo surge revitalizado e imponente, fazendo o som preencher o ambiente com peso e definição.

2112 foi um marco na carreira do Rush e um grande sucesso comercial. O disco ajudou a moldar o som característico do power-trio canadense e a formar sua personalidade. Aqui a banda mesclou com maestria o mais rock que já havia feito com o mais sinfônico, melódico e erudito que já tinha feito. Se os dois primeiros álbuns eram mais hard rock e Caress Of Steel era mais progressivo, 2112 era, simplesmente, Rush.

A edição de 40 anos é um presente para velhos fãs - que vão redescobrir nuances de uma obra que já sabem de cor - e para novos, que vão se deleitar com um dos álbuns mais criativos, interessantes e tecnicamente desafiadores da história do rock.

Nota do Crítico
Excelente!

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