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Scorpions em São Paulo | Crítica

Na segunda despedida do público brasileiro, roqueiros alemães provam que ainda têm fôlego para mais alguns anos de estrada

21.09.2012, às 13H46.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H46

A eterna "última turnê" dos Scorpions está pela segunda vez no Brasil. Após passar pelo país em 2011, o grupo alemão mais uma vez esgota ingressos e relembra seus clássicos dos anos 1980 e 90 por aqui. Nesta quinta-feira, no Credicard Hall, em São Paulo, a banda não só provou que ainda tem o carinho do público, como continua a entregar apresentações de primeira qualidade - seja pela competência sonora ou pela performance de seus componentes.

Scorpions

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Fotos: Mariana Uchôa

Com apenas dez minutos de atraso, eles subiram no palco mais animados que a plateia. Começaram com "Sting in The Tail" e, sem parar, emendaram "Make It Real" e "Is There Anybody There". O ritmo acelerado dos primeiros momentos do show mostraram que a banda ainda está com o preparo físico em dia. Rudolf Shenker, guitarrista e fundador do grupo, não para de correr de um lado para o outro, enquanto o baterista de cabelos descoloridos, James Kottak, deixa muitos jovens colegas de profissão com inveja, tamanha é a sua disposição durante quase duas horas de apresentação.

Após o hit "Loving You Sunday Morning", o Scorpions mudou o setlist que vinha apresentando na turnê e tocou "Rythm of Love", sucesso do álbum Savage Amusement, de 1988. A partir daí, uma série de três músicas - "The Best Yet To Come", "Send Me An Angel" e "Holiday" - animaram o público que, até ali, não parecia em grande sintonia com a animada banda alemã. Nesse momento, o vocalista Klaus Meine chamou os fãs para cantar o refrão de "Holiday" e foi correspondido por quase sete mil vozes que lotavam o Credicard Hall. Em "The Best Yet To Come", Meine, hoje com 64 anos, mostrou que pode não pular ou correr como Shenker e Matthias Jabs, mas mantém a mesma bela e afinada voz.

"Tease Me Please Me" e "Hit Between The Eyes" prepararam o terreno para as performances individuais de Kottak e Jabs. O baterista, acompanhado no telão por imagens do videoclipe de "Kottak Attack", fez malabarismos com as baquetas, brindou com o público, cuspiu cerveja e, após ficar ensopado, tirou a camisa para mostrar as inúmeras tatuagens. Depois de tocarem juntos a música que passava no telão, Jabs ficou sozinho no palco para introduzir "Blackout", single do álbum homônimo de 1982. Os solos de guitarra também continuaram em "Six String Sting", que antecedeu o hit "Big City Lights", última faixa antes do bis.

Na volta, o público finalmente se mostrou tão entusiasmado quanto os alemães e cantou empolgado a balada oitentista "Still Loving You". A segunda música do bis - e a mais bonita da carreira do grupo - "Winds of Change", continuou a catarse final da apresentação ao levantar também as pessoas nos camarotes e arquibancadas, que juntos também cantaram a última faixa da noite, "Rock You Like A Hurricane".

Os ingressos esgotados e o profissionalismo no palco comprovam que o Scorpions ainda pode entregar ótimos shows. Mesmo que essa seja, novamente, a derradeira turnê oficial da banda, nunca é demais torcer para que não seja a última vez que eles passam pelo Brasil.

Confira as fotos do show na nossa galeria de imagens

Nota do Crítico
Bom

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