Os ingleses do Magic Numbers se apresentam no Brasil, no próximo dia 16 de outubro, e o vocalista Romeo Stodart conversou com exclusividade com o Omelete sobre a próxima vinda do grupo ao país. A banda, formada por dois casais de irmãos, Romeo e Michele Stodart, mais Angela e Sean Gannon, já esteve outras duas vezes no país. No entanto, essa será a primeira passagem na qual irão realizar um show fora de um festival.
De entrada, Romeo confessa ter boas lembranças do País. “Tivemos um ótimo tempo ai. Eu me lembro da primeira vez que fomos ao Brasil, nós cantamos “Baby”, do Caetano Veloso e todo mundo cantou junto. Foi incrível ver o público cantando, tivemos um tempo incrível em São Paulo. Estamos ansiosos para voltar, demoramos muito tempo“, enfatiza.
O grupo que, atualmente, está quase encerrando as gravações do sucessor de Alias, disco lançado em 2014, chega ao Brasil com material novo para mostrar. Romeo destaca que o novo álbum está quase finalizado e afirma, “vamos tocar novas músicas, com certeza! Vai ser muito bom tocar algumas faixas, pela primeira vez, para as pessoas”. No entanto, ele destaca que em 2016, o grupo não irá lançar nenhuma nova faixa de forma oficial. “As novas músicas só serão lançadas no ano que vem. Mas vamos tocar novas músicas no show. Eu não posso esperar para mostrá-las”.
Romeo, ao falar sobre diversão e cultura pop, diz que não joga videogames, mas destaque que o baterista, Sean Gannon, é mais ligado nos jogos. No entanto, confessa que é viciado em filmes. Quando perguntado sobre que título indicaria para alguém, ele é categórico, Rebeldia Indomável (Cool Hand Look, 1967), com Paul Newman. “É muito bom. Bem rebelde, eu realmente amo esse filme”. Logo em seguida, ele gargalha ao lembrar de Feitiço do Tempo (Groundhog Day, 1993), com Bill Murray. E já emenda com um pedido de recomendação de filme brasileiro. "Você tem algum filme brasileiro legal pra indicar?". Encerrando o tópico, Romeo confessa que adoraria fazer trilha sonora para algum filme, “Definitivamente eu irei fazer isso”.
Sobre o tempo em que está junto com seus parceiros de banda, o grupo surgiu em 2002, ele comenta que esse período só fez com que o grupo ficasse ainda melhor. “Para ser honesto com você, a gente se entende ainda mais, agora. Nós temos sorte de fazer algo que amamos, nós estamos vivendo o sonho de ganhar a vida com música. Nós sentimos que somos bons nisso, e continua sendo muito especial. A gente continua aprendendo sobre música. Ainda temos algo a dizer. Nós estamos aproveitando mais agora do que antes. Isso, com certeza. Nós estamos totalmente conscientes sobre a música que fazemos e estamos felizes com isso”.
Voltando a falar sobre as terras tupiniquins, Stodart diz que ouve muita música brasileira. “Ouço muita coisa da Tropicália. Adoro Gal Costa, adoro Os Mutantes, Jorge Ben, Gilberto Gil. As músicas do período dos anos 60 e 70. Eu gosto muito quando me indicam coisas. Eu me lembro da primeira vez que estive no Brasil e um rapaz, que eu gostaria de ver quando voltarmos, nos levou em algumas lojas de disco e foi muito bacana”.
Ele ainda destaca que gosta muito de Milton Nascimento, “daquele álbum que tem duas crianças na capa, [Clube da Esquina, de 1972]”.
Já, sobre o show no Brasil, Romeo comenta que será bem mais "rock n roll do que o usual. Vamos tocar muitas músicas novas. Minha irmã tem um novo álbum solo - Pieces, 2016 - e vai fazer o show de abertura. Eu e ela escrevemos juntos, para fazer o álbum. Todo mundo vai amar. Eu mal posso esperar para estar ai. Vai ser divertido”.
A apresentação do Magic Numbers acontece no Cine Joia, no próximo dia 16, e os ingressos já estão disponíveis no site oficial, com valores entre R$ 130 e R$ 360.
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