Música

Entrevista

Pentakill | Com músicos do Mötley Crüe, Dream Theater e NIN projeto lança novo disco

Viranda Tantula, produtor da Riot Games, comentou sobre o processo por trás da banda virtual de League of Legends

09.08.2017, às 16H26.
Atualizada em 09.08.2017, ÀS 17H01

A banda Pentakill, projeto virtual formado por campeões (personagens) de League of Legends, divulgou na última semana o álbum Grasp Of The Undying. O grupo composto por Karthus the Deathsinger (vocal masculino), Yorick (baixo), Sona (teclados), Olaf (bateria), Mordekaiser the Master of Metal (guitarras) e Kayle (a nova vocalista), liberou seu segundo disco, após um período de 3 anos e conta nos bastidores com nomes como ZP Theart, (Dragonforce), Derek Sherinian, (Dream Theater), Danny Lohner, (Nine Inch Nails), Tommy Lee (Mötley Crüe), além dos vocalistas Jorn Lande (Masterplan) e Noora Louhimo (Battle Beast).

O grupo que liderou com seu primeiro EP, Smite & Ignite, o Top 40 da Billboard e o charts do iTunes Metal e Rock, retorna com seu primeiro álbum completo, composto por 10 faixas. O Omelete conversou com Viranda Tantula, produtor da Riot Games e responsável pelo projeto, que contou com exclusividade o processo de desenvolvimento do disco, os convites para os artistas e as ideias por trás do novo álbum - leia abaixo.

Tantula, personalidade conhecida no mundo musical de Los Angeles, abre a conversa confessando que a idea para criar o projeto vem de uma paixão antiga que evoluiu durante muitos anos. O produtor comenta que o primeiro álbum do Pentakill surgiu graças ao trabalho de diversos compositores que pertencem ao staff da Riot e que são “grandes metalheads”. “O primeiro álbum (Smite & Ignite), na verdade, começou como um trabalho de amor, no qual os envolvidos ficavam até mais tarde trabalhando para gravar as demos”. Agora, com o projeto ganhando mais repercussão, após três anos do lançamento do EP, Tantula ressalta que seu principal trabalho neste momento é “basicamente, ter certeza de que a visão total do disco será levada em conta do começo ao fim”.

Artistas convidados
O produtor, quando questionado sobre como foi angariar tantos nomes conhecidos do metal para o projeto, confessa que no início da Riot e do segmento de desenvolvimento musical do estúdio de games era “bem difícil conseguir artistas conhecidos que estivessem interessados em trabalhar conosco. Não importava se era o Pentakill ou outro projeto”. Porém, Tantula faz questão de enfatizar que a banda [neste novo momento] tornou as coisas mais fáceis, possivelmente por causa da grande interação entre metalheads e gamers mais dedicados. “Eu acho que quando esses artistas percebem que nós estamos tentando fazer um álbum sólido e genuíno de metal, eles ficam ainda mais felizes de ingressar no projeto”.

A criação do disco e as diferenças em relação ao EP
Tantula comenta que o principal truque para que o projeto tivesse sucesso foi manter o time interno, que já havia desenvolvido o EP, como parte desta nova fase. “A parte musical permaneceu a mesma, com Christian Linke e Jason Willey (compositores da Riot), mais Eugene Kang (sound designer) em conjunto com as pessoas que escreveram grande parte das músicas do primeiro álbum”. Mas ele ressalta ainda que a presença de Mike Pitman e Rich Thomson (que já integraram a banda Xerath), agora contratados pela Riot, “colabora muito com a nossa vontade de evoluir a complexidade técnica das faixas. [...] A forma de composição da dupla é algo realmente fora do comum”, ressalta.

Grasp Of The Undying, de acordo com Tantula, conseguiu expandir ainda mais sua sonoridade graças à presença de Danny Lohner (que já trabalhou com o Nine Inch Nails) e ajudou a “amplificar ainda mais a conexão do disco com as pessoas”. Outra novidade do projeto é a chegada da vocalista Noora, do Battle Beast, que chegou em conjunto com letras que abordam temas ainda amplos, com músicas que “focam menos no universo de referências diretas ao mundo de League of Legends” e uma sonoridade capaz de mostrar uma paleta sonora que represente boa variedade de subgêneros: “Nós fizemos isso buscando ampliar a complexidade musical, mas de forma que a sonoridade continuasse relativamente acessível”.

Para Tantula, e todas as pessoas envolvidas no projeto, era de “extrema importância” que o disco soasse como se tivesse sido criado por uma banda (ao menos como um coletivo). “O que nós não queríamos é que soasse como uma trilha sonora aleatória para um filme ou uma coletânea. E eu acho que nós alcançamos isso”.

Unir música e games é, honestamente, algo sensacional. Nós nunca nos damos por satisfeitos - Música é algo que nós somos insanamente apaixonados aqui na Riot e é realmente sensacional encontrar esse projeto específico no qual nós podemos quebrar a quarta parede em direção ao ‘mundo real’ e conectar música feita para ser ouvida fora do jogo com personagens de fantasia de forma realmente muito bacana”.

Grasp Of The Undying está disponível para audição e download.

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