Música

Entrevista

Suicidal Tendencies fala sobre novo disco, história e Trump

Coletiva de imprensa com a banda foi realizada para divulgar turnê pelo Brasil em abril

26.04.2017, às 15H16.
Atualizada em 26.04.2017, ÀS 18H00

Os californianos do Suicidal Tendencies já estão na estrada há um bom tempo. Com uma carreira que beira os 40 anos, o grupo, atualmente composto por Mike "Cyco Miko" Muir (vocal), Dean Pleasants (guitarra), Jeff Pogan (guitarra), Ra Díaz (baixo) e Dave Lombardo (bateria)  recentemente lançou o 10º disco da carreira, World Gone Mad, que de acordo com Mike, o único membro que percorreu todas as fases da banda, “pode ser o último”. O grupo está no Brasil para uma série de três shows e participou de uma coletiva de imprensa em São Paulo para falar sobre os shows, o novo disco e a nova fase.

Suicidal Tendencies shows no Brasil

Mike, que também assume o papel de porta-voz do grupo, abriu a conversa comentando sobre a participação de Dave Lombardo - um dos fundadores do Slayer e que já tocou na formação de diversos outros grupos como Apocaplyptica e Testament -  afirmando que  “Esse [World Gone Mad] é o primeiro disco com Lombardo e é um álbum que eu amo. Quando escolhi a música [pra minha vida] isso era o que eu queria fazer”. Ele ainda destaca que para realizar o novo projeto, todos os músicos gravaram juntos e que Lombardo trouxe uma veia um pouco mais funk para o som da banda. “Esse pode ser nosso último álbum, então, se não estivesse bom nós não teríamos lançado”, destaca.

Mike também comenta sobre o nome do disco [O Mundo Enlouqueceu - em tradução livre] e destaca que “Na vida você tem duas escolhas ser positivo ou dar desculpas”. E o  título se refere a isso, “[...] o mundo está fodido e a gente pode escolher mudar isso ou não”.

Lombardo, quando perguntado sobre como se sente em fazer parte do Suicidal, explica que se sente muito bem tocando com o grupo. “Eu sou um fã da banda e é muito bom estar com eles. Nós estamos felizes todos os dias. É real. Eu sou um grande fã não só do Suicidal, mas também do Mike”, destaca. O baterista também comenta sobre o que o levou a participar da formação, “Eu sempre escolhi todos os grupos em que toquei por causa da honestidade e com o Suicidal não é diferente”.

Um detalhe interessante da coletiva é como Mike é falante e gosta de contar histórias, com respostas longas para todas as perguntas realizadas sobre a banda. E claro, com a forte ligação com a cena hardcore e letras politizadas não faltou a pergunta sobre o que Mike acha de Donald Trump, o que ele respondeu de forma categórica: “Eu não gosto de política. Política destrói o coração das pessoas. [...] Política é sobre poder e se manter no poder. Se lembrem sobre o que é a vida. [ela ] É sobre os seres humanos. Eu odeio o que ele (Trump) representa”.

Retornando para o cenário da música, Mike e Lombardo também comentaram sobre como eles ouvem e conhecem música atualmente, com toda essa nova forma de consumir, comprar e ter acesso aos discos e faixas. Lombardo comentou que ele não procura música. “Eu ouço o que aparece na minha frente. Um amigo me indica ou algo do gênero e eu vou lá e ouço”. Mike é mais profundo e comenta que a música não é como antigamente, “A música precisa ter ligação com o coração”.

O Suicidal Tendencies está no Brasil para três shows, o primeiro no dia 27 de Abril, no Imperator, no Rio de Janeiro, no dia 28 se apresentam no Abril Pro Rock, em Recife, e finalizam a passagem brasileira um show no Tropical Butantã, em São Paulo, no dia 29.

Leia mais sobre Suicidal Tendencies

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.