Suga, Ed Sheeran e The Weeknd (Reprodução/Montagem Omelete)

Créditos da imagem: Suga, Ed Sheeran e The Weeknd (Reprodução/Montagem Omelete)

Música

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Ed Sheeran, Suga, The Weeknd e mais: Lançamentos musicais imperdíveis de abril

Novas canções de NCT, Seventeen, Ellie Goulding e The Weeknd agitaram o mês

Omelete
1 min de leitura
28.04.2023, às 14H40.

E mais um mês se passou - com abril chegando ao fim, nossa tradicional lista de destaques musicais aparece carregada de nomes importantes do pop. Falamos tanto do pop ocidental, com os britânicos Ed Sheeran e Ellie Goulding e o candense The Weeknd, quanto o oriental, com os sul-coreanos Suga (mais um integrante do BTS lançando material solo), NCT e Seventeen e o chinês Jackson Wang.

Confira a retrospectiva completa de abril logo abaixo.

“Number Boy” - Holland

Enfrentando preconceitos desde sua estreia como o “primeiro artista abertamente gay do k-pop”, Holland segue perseverando com canções que encarnam bem a sua posição única na indústria. “Number Boy” faz isso aproximando-o do new wave que é casa de ícones LGBTQIA+ como o Pet Shop Boys e o Erasure - por cima de sintetizadores graves e climáticos, ele declama sua melodia melancólica e desfila visuais dramáticos que deixariam qualquer diva pop se mordendo de inveja.

“Breath” - Elohim

Após passar 2021 e 2022 mergulhada no projeto intensamente pessoal e lisérgico da série de EPs Journey to the Center of Myself, Elohim retorna com força às pistas de dança contemporâneas através de “Breath”. Refrão explosivo e batida techno insistente se juntam a filtros e sintetizadores que adaptam o pop expressivo da cantora para um contexto de dinamismo escapista. O single vem com a promessa de um novo álbum - e vale ficar de olho para saber quando ele se materializa.

“Dawn” - Kim Wooseok

Abrindo com um riff de guitarra sugestivo que deságua em uma batida sensual, “Dawn” é a melhor destilação do apelo de Kim Wooseok como artista solo até hoje. O ex-integrante do UP10TION e do X1 conquista fãs através de uma mistura bem encarnada no seu próprio timbre: por vezes sussurrante como o de Marilyn Monroe, por vezes agudo a um nível assobiado como o dos Bee Gees, o vocal de Wooseok é sexy de uma maneira suave que anda meio perdida no pop contemporâneo. O novo álbum Blank Page é uma boa pedida para quem sente falta dessa vibe.

“Lost the Breakup” - Maisie Peters

Existindo naquele lusco-fusco do pop contemporâneo (hit no TikTok, mas ainda “indie”), Maisie Peters faz um bom argumento por si mesma como próxima sensação radiofônica em “Lost the Breakup”. O single, como a ótima “Cate’s Brother” antes dele, carrega em sua melodia redondinha e letra atrevida os elementos essenciais de um hit, especialmente entre o público obcecado pelo pop rock teen dos anos 2000 que parece mandar nas paradas. O novo álbum da moça, The Good Witch, sai em 16 de junho.

“Lips” - IVE

O primeiro álbum completo do IVE é, previsivelmente, um dos lançamentos de k-pop mais interessantes de 2023 até agora. Entre o bombástico single “I Am” e a (apropriadamente) hipnotizante batida sintetizada de “Hypnosis”, “Lips” ainda se destaca pela leveza inteligente de sua produção, com os tons metalizados vagamente tropicais dos sintetizadores apoiando uma melodia redondinha executada com perfeição pelas vocalistas. Menos nem sempre é mais, mas aqui a ideia compensa.

“By the End of the Night” - Ellie Goulding

Definido pela própria cantora como o seu álbum menos pessoal”, Higher Than Heaven é também o melhor disco de Ellie Goulding em muito, muito tempo. Repleto de batidas contagiantes e faixas que carregam a assinatura melódica da britânica - embora, talvez, não suas letras confessionais -, o álbum encontra uma representação perfeita em “By the End of the Night”, um épico propulsivo de pista de dança que não deixa nada a dever aos hits mais recentes de The Weeknd e seus asseclas.

“Kiss” - NCT DOJAEJUNG

Que o NCT é a entidade mais inovadora do k-pop, todo mundo já sabe. Na estreia da unit DOJAEJUNG (junção dos nomes dos cantores Doyoung, Jaehyun e Jungwoo), nenhuma faixa encarnou melhor esse espírito explorador do que “Kiss”, que junta melismas vocais de R&B com um refrão levado por sintetizadores viajantes de dream pop, resultando em uma das canções mais contagiantes do ano. Com o clima sofisticado do restante do disco, incluindo o single “Perfume”, o novo trio faz jus à promessa de excelência do supergrupo.

“Boat” - Ed Sheeran

O álbum - (Subtract) parece ser um retorno às raízes folk de Ed Sheeran, ou ao menos é isso que os singles lançados até agora dão a entender. Enquanto o disco completo não sai, em 5 de maio, ficamos com a beleza rústica de “Boat”, em que o britânico entrega sua interpretação mais vulnerável na memória recente por cima de violões e cordas bem discretas. Após anos de aproximação de um pop radiofônico cada vez mais genérico, é de uma simplicidade refrescante.

“Dangerous” - TEMPEST

Depois de fazer uma das estreias mais interessantes da memória recente no k-pop, com a viciante “Bad News”, o TEMPEST voltou a provar a sua excelência grudenta em “Dangerous”. Embora o restante do álbum The Calm Before the Storm ainda revele um grupo em busca da própria identidade, o single é mais do que o bastante para alimentar sua playlist do mês - da linha de baixo que marca a introdução aos sintetizadores propulsivos do refrão, repleto de ganchos eletrônicos irresistíveis (deul-eowa! deul-ewoa!”), tudo aqui é a mais pura perfeição pop.

“Heartbreaker” - Birdy

Desde que estourou no meio indie aos 15 anos de idade com um excelente álbum de covers que incluía de Bon Iver a Phoenix, a britânica Birdy tem tentado se encontrar como cantora e compositora de originais em uma série de discos cheios de potencial, mas em última instância mornos. A jornada pode terminar com Portraits, álbum marcado para lançamento em 14 de julho, especialmente se você considerar o som e a estética cheios de personalidade de “Heartbreaker”, que pesa na percussão de uma forma que a cantora, antes mais adepta do voz-e-piano, nunca havia feito.

“Cheetah” - Jackson Wang

Baseada em um riff de guitarra dedilhado que raramente dá as caras no pop asiático contemporâneo, “Cheetah” mostra que Jackson Wang é mesmo uma voz única no cenário global. Na rasteira de clássicos como “Maneater”, a canção fala de uma mulher fatal com bom humor e muito ritmo - e tanto o clipe bem coreografado quanto os backing vocals roubados do soul sessentista ajudam muito a imergir o ouvinte no clima.

“Snooze” - Agust D feat. Ryuichi Sakamoto & Woosung

A morte do mestre japonês Ryuichi Sakamoto, aos 73 anos, deixou “Snooze” como um dos últimos legados de uma carreira antológica. Trata-se de um testamento digno: por cima dos pianos e cordas bem-medidos do japonês, os versos do rapper Agust D (pseudônimo de Suga, do BTS) e as intervenções sentidas do vocalista Woosung (da banda The Rose) soam exponencialmente mais épicos. É a melhor canção do álbum D-DAY, lançado por Agust D este mês.

“Fire” - Seventeen

Quem diria que uma das grandes tendências de produção do k-pop em 2023 seria… funk carioca. Primeiro o NCT 127 trabalhou com o Tropkillaz em “Ay-Yo”, depois KAI lançou a indefectível “Bomba”, e agora é a vez do Seventeen se aventurar com “Fire” pelas batidas contagiantes e melodias recortadas do ritmo brasileiro - território perfeito para o chamado time hip-hop do grupo (S.Coups, Wonwoo, Mingyu e Vernon) desfilar seu carisma.

“Shoong!” - Taeyang feat. Lisa

Depois de lançar uma ótima colaboração com Jimin, do BTS (que inclusive entrou na nossa lista de janeiro), o veterano Taeyang resolveu “gabaritar” a lista de grupos mais populares do k-pop com “Shoong!”, R&B dançante irresistível que o une com Lisa, do BLACKPINK. Como todo o álbum Back to Earth, a canção é produzida de maneira sofisticada - os filtros vocais no verso de Lisa são de um bom gosto irrepreensível - e conta com um gancho melódico irresistível.

“Double Fantasy” - The Weeknd feat. Future

Um dos destaques deste mês foi a parceria de The Weeknd e Future com o clipe de "Double Fantasy", que faz parte da trilha da aguardada e polêmica The Idol, série da HBO que estreia em 4 de junho. No vídeo, vemos o cantor canadense ao lado de Lily-Rose Depp em cenas quentes e descobrimos um pouco mais da trama.

O single, mesmo com a parceira, carrega o forte DNA de Weeknd com os sintetizadores que o acompanham desde o After Hours e, ao mesmo tempo, as batidas de R&B que acenam para os primeiros álbuns do canadense, como Beauty Behind the Madness. Com essa primeira música nas paradas, podemos esperar uma trilha sonora marcante assim como a de Euphoria, outra série do criador Sam Levinson(Por Giovanna Breve)

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