Música

Lista

Os melhores álbuns de 2017

Redação do Omelete elege seus lançamentos favoritos do ano

14.12.2017, às 14H53.

Em 2017 o mundo da música foi abençoado com uma série de lançamentos aclamados, de diferentes estilos. Ao invés de tentar resumir os melhores de toda a música de 2017 em uma lista, que sempre acaba limitada, cada um dos redatores do Omelete elegeu seu álbum favorito do ano. Veja nossa lista:

Melodrama, Lorde (Patrícia Gomes)

Desde que Lorde saiu do anonimato com o aclamado Pure Heroine, muito se esperava do segundo trabalho da cantora neo-zelandesa. Demoraram quatro longos anos até que ouvíssemos o material inédito, mas a espera valeu. Melodrama chegou como um respiro de ar fresco na música pop e a garota de apenas 21 anos mostrou que não ganhou o título de "futuro da música" de David Bowie por acaso. O álbum entrega canções dançantes, ao mesmo tempo profundas, que retratam a juventude de uma forma singular. Uma das obras-primas de 2017, sem dúvida.

Harry Styles, Harry Styles - (Mariana Canhisares)

O primeiro álbum solo do cantor é familiar na medida certa: ao mesmo tempo que o ar setentista é evidente, ele tem personalidade e consegue conquistar novo público. Por isso, de todos os directioners, Harry Styles é o que melhor se saiu fora da boy band. Faixas como "Sign of the Times" e "Two Ghosts" dão calorzinho no coração, enquanto "Only Angel" poderia ser a trilha sonora de uma viagem de carro num dia ensolarado. Gostei muito, me surpreendeu.

4:44, Jay-Z (Rafael Gonzaga)

Para quem amou o Lemonade de Beyoncé em 2016, o 4:44 de Jay-Z é imprescindível - não só por continuar passeando pelo mesmo universo introduzido por sua esposa, desde o enaltecimento da cultura afro-americana até os problemas matrimoniais, mas por ser um disco tão bom quanto. As letras de todas as faixas mostram o gigante do rap em um posição de honestidade com o público e as melodias muitas vezes introspectivas do disco são envolventes - chega a ser díficil escolher um destaque, já que o álbum funciona muito bem como unidade. É o melhor e mais sincero retrato de Jay-Z já exibido na mídia.

Lust For Life, Lana Del Rey (Julia Sabbaga)

Em 2017 a Lana Del Rey resolveu ficar feliz, e com muito propósito. Ao invés de usar a depressão da política americana para lançar mais um álbum para baixo, ela fez o contrário e lançou um álbum esperançoso, que é bonito de ouvir. O álbum é bom do começo ao fim, mas se quiser sugestões, "Tomorrow Never Came" é uma das melhores que ela já lançou, "In My Feelings" tem uma ótima letra e "Get Free" explica toda a mudança de tom da cantora.

Big Fish Theory, Vince Staples (Marcelo Hessel)

Segundo álbum de Vince Staples, Big Fish Theory faz uma das misturas entre rap e eletrônica mais harmônicas e ao mesmo tempo empolgantes de 2017. Enquanto todo mundo tende para o EDM, o californiano de 24 anos retoma o house e o techno de uma forma que soa muito vanguardista, sem ser cabeça demais.

Colors, Beck (Marcelo Forlani)

Beck faz parte da história da minha vida. Lembro da final da Copa de 98, quando um amigo levantou, desligou a TV e colou “Loser” para tocar e levantar a moral da galera. Colors, 13º álbum do cantor, tem músicas para dançar e para curtir tranquilo na rede enquanto as férias de verão vêm e vão.

DAMN, Kendrick Lamar (Fábio Gomes)

Depois de experimentar com jazz e outros estilos em To Pimp a Butterfly, Lamar volta para os samples em um álbum mais cru e direto que o anterior. Desde os títulos das músicas (todas são uma só palavra) até as batidas, Lamar tenta ser o mais simples possível e, mesmo assim, seu trabalho segue com letras complexas e canções que se conectam de uma maneira que torna a experiência de ouvir o trabalho do começo ao fim única. Poucos produzem um álbum como ele que, ainda por cima, ainda consegue fazer clipes tão espetaculares que deixam as músicas ainda mais grandiosas.

Wonderful Wonderful, The Killers (Camila Sousa)

É interessante como os álbuns do The Killers mostram a trajetória da banda. Em Wonderful Wonderful eles experimentam mais, mantendo a essência sonora que conhecemos de seus discos anteriores. Eles também satirizam a si mesmos, como na música "The Man", e falam sobre amor e responsabilidade em "Rut". É um álbum bem gravado, que consegue ser leve sem perder sua personalidade. Me apaixonei pelo The Killers. Mais uma vez.

After Laughter, Paramore (Arthur Eloi)

Amadurecer é difícil, mas foi o que o Paramore conseguiu com "After Laughter". A banda aqui troca a rebeldia da adolescência, que definiu seu estilo por tanto tempo, pelo cinismo e desventuras da vida adulta, como nas faixas "Hard Times" e "Fake Happy". O resultado são músicas dançantes e com conteúdo. Não é certo se o Paramore tem futuro com esse novo estilo, mas o álbum serve como bom indicador para a capacidade do grupo de evoluir e amadurecer sua própria sonoridade.

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