O AC/DC está passando por um ano difícil e que talvez pode ser o seu último. Depois de perder o guitarrista Malcolm Young para a demência, o vocalista Brian Johnson para problemas auditivos e o baixista Cliff Williams ter afirmado que essa pode ser sua última turnê, Angus Young conversou com a Rolling Stone sobre o futuro da banda australiana.
Uma das perguntas feitas ao guitarrista é se ele acha, agora, que quando Malcolm ficou doente, a banda deveria ter parado, se ele puxou a banda demais. Young afirma que "Esse poderia ter sido o caso. Mas Malcolm sempre foi alguém que sempre lutava além das dificuldades. Ele poderia olhar pra mim em tempos de crise e dizer: 'Nós vamos lá e trabalhar. Vamos sentar e escrever algumas músicas'. Ele tinha essa forma de agir, eu me senti obrigado a manter a banda seguindo em frente, talvez porque eu estava lá, no começo, com ele". E prossegue comentando sobre seu futuro quando o AC/DC acabar, já que nunca tocou em nenhuma outra banda, "Onde estou agora, eu não sei. Nós estamos compromissados com o encerramento da turnê [com o último show na Filadélfia em 20 de setembro]. Quem sabe o que eu vou sentir depois? Quando você assume um compromisso e diz: 'Vou fazer aquilo', é sempre bom dizer no final de tudo, 'Eu fiz tudo aquilo que disse que iria fazer'", ressalta.
E por fim, com a possibilidade do encerramento das atividades do AC/DC cada vez mais próximo, Young responde com quem gostaria de tocar se tiver chance. "Você teria que ressucitar muita gente dos mortos, eu acho. Eu me sentaria com Keith Richards, para fazer algo. Ele é um cara rítmico como Malcolm", encerra.
Atualmente, o vocalista substituto do AC/DC é Axl Rose que, no momento excursiona com o Guns N' Roses. As próximas datas da banda australiana acontecem todas nos Estados Unidos e vão de 27 de agosto a 20 de setembro, com um show agendado para o Madison Square Garden, em Nova York, no dia 14 do próximo mês.
