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Lollapalooza 2017 | Conheça os brasileiros que irão tocar no festival

Evento mostra bom mix de estilos e abre espaço para novos nomes nacionais

29.09.2016, às 16H30.

O Lollapalooza tem em seu embrião - às vezes de forma mais marcante - a mistura entre nomes conhecidos do mercado musical, novidades pouco conhecidas e bandas indies de diversos segmentos. Para a próxima edição brasileira, em 2017, o evento se mostra mais aberto aos nomes nacionais, com apostas em quase todos os âmbitos musicais capazes de dialogar com as atrações do festival.

Isso fica evidente graças a artistas como Criolo e seu rap instrumental, Céu e seu MPB pop, nomes conhecidos da cena eletrônica nacional e artistas ainda ganhando equilíbrio em seus passos como expoentes da cena brasileiro.

Assim, nada mais interessante do que conhecer um pouco mais sobre esses nomes que irão ajudar na composição da atmosfera do evento.

De entrada, fica em destaque, a aposta no segmento eletrônico mainstream, mesmo depois do que Perry Farrel falou sobre a cena EDM. Com dois nomes bem estabelecidos no mercado, Vintage Culture e a dupla Chemical Surf, expoentes do Brazilian Bass - vertente da música eletrônica com BPM menos acelerada e graves mais evidentes - o Lolla garante para a cena que já está estabelecida no país. A reboque dos grandes nomes, vem o DJ Ricci, que rencentemente lançou uma parceria com Vintage Culture, e Gabriel Boni, ambos seguindo os passos dos nomes mais conhecidos e produzindo dentro do âmbito do BB.

Ainda como parte do segmento eletrônico, Victor Ruiz é a atração que destoa dos anteriores, por ser um profissional do techno e apresentar criações menos comerciais. Sua sonoridade é mais elaborada e de pegada mais pesada e faz um bom contraponto no lineup eletrônico.

Como expoente da veia experimental/independente, Jaloo é um nome que tem crescido graças a sua mistura sonora, com referências eletrônicas-pop em conjunto com o tecnobrega, ritmo dominante de Belém - localidade de onde vem -.

Criolo e Céu são dois nome já conhecidos do segmento pop/rap/mpb independente brasileiro. Criolo é uma das principais referências de mistura entre música brasileira, rap e a sonoridades pop. Sempre acompanhado de um grupo coeso e de som elaborado, o artista, desde seu segundo álbum, Nó na Orelha, de 2011, é destaque dentro na música nacional. Já, Céu começou a carreira com uma sonoridade de essência jamaicana, entrou de vez no reggae e atualmente, com seu último disco, Tropix, de 2016, conseguiu imprimir uma pegada mais climática, com inserções de nuances eletrônicas, que a aproximou de um trip hop à brasileira.

Em conjunto com tudo isso, vêm os independentes, cheios de boas influências e misturas.

O BaianaSystem faz parte do ecossistema que mistura referências de música africana, reggae, pitadas pop, com sonoridades modernas e eletrônicas, se aproximando - em alguns momentos - de grupos como o Nação Zumbi.

O grupo Suricato, que participou de uma edição do programa Superstar, da Globo, aposta em uma sonoridade folk, focada nas guitarras e violões com timbres característicos do segmento. Daniel Groove tem uma pegada sonora MPB moderna, com arranjos interessantes, que em alguns momentos emulam as músicas brasileiras dos anos 80, ideais para o clima indie do Lollapalooza.

Os brasileiros do Doctor Pheabes cantam em inglês e se identificam com o rock em suas características mais clássicas. A banda, apesar de ser pouco conhecida, já abriu show para os Rolling Stones. A Outs aposta em uma roupagem psicodélica em conjunto com músicas cheias de efeitos e climáticas. Banda que foge do lugar-comum quando se pensa em um expoente das terras tupiniquins. O Bratislava segue uma trilha parecida, mas consegue um diferencial graças a inserção de camadas eletrônicas para compor suas viagens sonoras.

E por fim, o quarteto de rap/hip-hop Haikaiss que, em 2015, lançou o álbum duplo, Fotografia de um Instante, e aposta em vocais melódicos, rimas e uma estrutura musical diferente do que foi apresentado no rap nacional dos últimos anos.

Todas essas atrações colocam em evidência a pluralidade do cenário nacional e dão a chance de um público maior conhecer bons trabalhos que, nem sempre, orbitam pelas rádios ou eventos do país. Ouça playlist com todos os grupos abaixo.

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