Atendendo a pedidos, o Omelete cria uma coluna irmã para a LÁ FORA e mergulha nas bancas e livrarias para comentar os principais lançamentos recentes. Nesta edição: Sandman: A casa de bonecas, Marvel Max 25, Evangelion Vol.1, Sin City: O Assassino Amarelo e DC Especial: Liga da Justiça.
Sandman: A casa de bonecas
Por Érico Borgo
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Cada vez que pego uma edição dessa nova série de luxo de Sandman fico feliz feito um moleque que acabou de ganhar um gibi por ter se comportado bem. A Conrad acertou mesmo a mão ao publicar essa HQ de Neil Gaiman, uma das melhores já escritas, em formato grande, papel de alta qualidade e capa dura.
O livrão traz duas introduções - uma do autor, outra do escritor de terror Clive Barker - mais as capas originais, biografias e anotações ao final para ajudar no entendimento de referências da história.
O volume 2 da coleção (serão 10) traz algumas das histórias pelas quais a série começou a atrair a atenção. Começa com "Contos na areia", relato de um ritual de passagem no qual uma narrativa ancestral sobre amor e obsessão é passada através de gerações. A bela história serve de prelúdio para a saga "A casa de bonecas", na qual somos apresentados a dois outros irmãos do Senhor dos Sonhos - Desespero e Desejo -, além de uma gama de outros personagens interessantes, muitos deles sementes para importantes idéias que surgirão no futuro da série.
É fascinante como Gaiman mistura gêneros. A história passa por seqüências que lembram filmes de terror dos anos 1970, depois descamba para fantasia no estilo de Jim Henson, pára um pouquinho para narrar um conto sobre um imortal... tudo sem perder a atenção do leitor. Mal posso esperar para ter a coleção inteira na estante. É definitiva!
Sandman: A Casa de Bonecas tem 240 páginas e custa 53,90 reais.
Marvel Max
Por Érico Borgo
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Já falei isso aqui no Omelete e vou repetir. Marvel Max é uma das revistas mensais mais legais da Panini Comics (e das bancas!). Porém, confesso que estava preocupado com a continuidade da publicação sem o carro-chefe Alias, uma das minhas HQs Marvel favoritas, que mudou de tom e passou para a revista do Homem-Aranha. Felizmente, o mix da HQ ganhou reforços este mês e parece que ela vai continuar no topo das minhas preferências.
As novidades são Shanna, a Mulher-Demônio e Doutor Estranho, que entram para compôr a revista pelos próximos meses, ao lado da bacana Poder Supremo.
A primeira marca o retorno da garota das selvas aos quadrinhos. Não que a volta da heroína seminua às páginas fosse algo digno de tanto alarde... é que ela está MUITO bem acompanhada. A minissérie é escrita e ilustrada por Frank Cho, da engraçadíssima tira Liberty meadows, um dos melhores desenhistas de figuras femininas do mercado estadunidense.
A história começa com uma patrulha perdida no meio da Terra Selvagem, um local do universo Marvel habitado por dinosauros e perigosas tribos selvagens. Os sujeitos buscam mantimentos e medicamentos, mas encontram algo muito maior: um laboratório nazista abandonado. Em seu interior, uma linda mulher mantida numa espécie de animação suspensa.
O traço de Cho é perfeito, original e sexy. O roteiro, que ele também assina, bastante empolgante. Enfim, resta saber se o ritmo se manterá nas próximas edições...
A outra estréia começa devagar, mas tem potencial para melhorar. Doutor Estranho tem roteiro de J. Michael Straczynski (Homem-Aranha, Babylon V) e Sara Barnes (da telessérie Jeremiah). A história acompanha três momentos cruciais na vida de Stephen Strange, promissor estudante de medicina que se tornará futuramente o mestre das artes místicas, ao longo de quase uma década. As boas ilustrações são de Brandon Peterson (Ultimate X-Men).
Marvel Max tem formato americano, 76 páginas e custa 5,90 reais.
DC Especial: Liga da Justiça - O Sétimo Círculo
Por Marcus Vinícius de Medeiros
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Três séries de equipes de super-heróis marcaram a década de 1980: a Legião dos Super-Heróis, produzida por Paul Levitz e Keith Giffen; os Novos Titãs, de Marv Wolfman e George Pérez; e os novos X-Men, que consagraram a parceria entre Chris Claremont e John Byrne. Todos esses autores amadureceram os conceitos da Era de Prata dos quadrinhos, introduzindo sofisticação e temas mais sérios ao gênero.
Quando a DC Comics, vinte anos depois, decidiu fazer uso de equipes de criação distintas para cada arco de histórias de JLA, Byrne e Claremont foram os primeiros escolhidos. Reunidos pelo editor Mike Carlin, eles assinaram a história O Décimo Círculo, que a Panini apresenta agora em um só volume dentro de sua revista DC Especial.
A trama envolve o desaparecimento enigmático de crianças em diferentes cidades do planeta, muitas delas portadoras do metagene, anomalia responsável pelo desenvolvimento dos superpoderes no Universo DC. Paralelamente, o integrante da Liga Corvo Manitu antevê uma força maligna devastadora e, antes que possa avisar seus companheiros, também parece ser capturado. O responsável pelo diabólico plano não tarda a se revelar. Trata-se de Crúcifer, líder de uma seita milenar de vampiros banida tempos atrás pelas guerreiras amazonas para uma dimensão infernal. Enquanto o Super-Homem tem sua mente controlada por uma assecla do vilão, um misterioso grupo de superseres cruza o caminho da Liga da Justiça. Pouco a pouco, a situação é explicada: o segredo e as reais intenções do vampiro, a origem e as intenções dos heróis desconhecidos convergem de forma bastante satisfatória.
O resultado tem tudo para agradar os apreciadores do gênero em sua forma mais tradicional. Entretanto, está longe de ser um trabalho revolucionário. Temos uma aventura bem amarrada com personagens carismáticos - destaque para a adolescente telepata Regente - e a bela arte de Byrne aprimorada pela finalização de Jerry Ordway. Infelizmente, porém, a explosão de idéias, os confrontos interpessoais e as questões morais que marcaram a série nas temporadas de criadores como Grant Morrison, Mark Waid e Joe Kelly, estão ausentes em O Décimo Círculo. Fica a impressão de que os autores evitaram correr riscos e investiram no convencional. Mesmo assim, a história é diversão sem maiores conseqüências. Vale a pena pelo primor técnico e a fluência narrativa desses dois grandes mestres dos quadrinhos.
DC Especial 7 tem formato americano, 148 páginas e custa 14,90 reais.
Sin City: O assassino amarelo
Por Fabrício Grellet
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A Devir Livraria lançou há alguns meses, aproveitando a barulho em torno do filme Sin City nos cinemas brasileiros, mais um volume da obra criada por Frank Miller.
Em O Assassino Amarelo temos a história que mais influenciou a produção cinematográfica homônima. Ela se passa no último dia de trabalho de John Hartigan, um dos raros policiais honestos de Basin City, depois de trinta anos na força policial. Mas apesar de pensar no tempo livre que terá, e todas as possibilidades desse seu futuro de calma e tranqüilidade, Hartigan está preocupado com uma garotinha, a jovem Nancy Callahan - um assunto mal resolvido que volta para assombrar o velho policial bem no último dia de trabalho dele.
O resultado dessa situação toda está ao final deste belíssimo volume, com mais de 200 páginas, que traz capa cartonada com detalhes envernizados, uma galeria de ilustrações, a reprodução das capas originais e a biografia atualizada de Frank Miller. Além disso, a Devir criou pôsteres interessantes para promover toda a série de publicações de Sin City e os principais personagens das tramas chamam a atenção do mesmo modo que o cartaz dos cinemas, indicando os volumes disponíveis.
Se a história já valia a pena, a possibilidade de ler a trama em uma edição bem cuidada é um duplo prazer!
Sin City: O assassino amarelo tem formato americano, 240 páginas em preto e branco (com detalhes em amarelo) e custa 45 reais.
Neon Genesis Evangelion: o Ataque dos Anjos - Vol. 1
Por Érico Borgo
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Depois de Dragon Ball e Vagabond, mais um mangá da Conrad ganha republicação em nova versão, bem mais caprichada. Neon Genesis Evangelion: O ataque dos Anjos - Vol. 1 reúne duas edições do gibi original, além de alguns artigos e entrevistas sobre a saga.
Escrito e desenhado por Yoshiyuki Sadamoto, o mangá mostra a chegada de entidades hostis, batizadas de Anjos, à Terra no ano de 2015.
Para enfrentar tais criaturas, uma organização militar cria os Evas, robôs gigantes poderosíssimos. Porém, tais máquinas de guerra só podem ser operadas por crianças, o que leva o líder desse grupo a recrutar como piloto, durante uma crise, o seu próprio filho, que ele mal conhece. Mas como o menino, sem qualquer treinamento, consegue operar o robô com sucesso? Respostas nos próximos volumes.
Neon Genesis Evangelion Vol. 1 tem formato mangá, 160 páginas em preto e branco (apenas as primeiras são coloridas) e custa 22 reais. A capa é cartonada e o acabamento é bastante superior ao da publicação anterior.
