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Crítica

Knights of Sidonia #1 | Crítica

Sucesso da Netflix começa a ser publicado no Brasil pela Editora JBC

17.05.2016, às 19H19.

Publicado no Brasil pela Editora JBC, Knights of Sidonia chega no embalo da série animada exibida pela Netflix, que apresentou pela primeira vez aos brasileiros a história de Nagate Tanikaze e seu guardião, Tsuguromi. Publicado originalmente entre setembro de 2009 e dezembro de 2015 no Japão, a obra de Tsutomu Nihei rendeu 15 volumes cheios de mechs, criaturas bizarras e um estilo de desenho um pouco diferente do que a maioria dos leitores de mangá está acostumada.

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O mangá segue uma linha mais adulta, o que pode espantar alguns curiosos. O traço de Nihei é limpo, com poucas onomatopeias, sua história é contada de uma forma quase completamente visual, cheio de perspectivas pouco tradicionais, designs criativos, mas complicados de serem entendidos em determinadas passagens. Por outro lado, Abara, outra obra do autor, já foi publicada no país, então o estilo dele pode não soar tão estranho assim ao leitor brasileiro.

Acompanhar Sidonia faz parecer que estamos num vazio que impossibilita a propagação do ruído. Uma escolha de estilo diferente dentro de um universo que consegue explorar infinitas formas de transposição do som para o papel, mesmo que as traduções dos katakanas que representam essa criatividade sejam sempre adaptadas em cima de ruídos que estamos acostumados a encontrar nos quadrinhos ocidentais - o que é uma pena, diga-se de passagem.

A história do primeiro volume segue de perto o que nos é apresentado em mais ou menos três capítulos da série animada. Se o leitor tiver assistido ao anime, as coisas funcionam muito mais rapidamente, especialmente nas situações de combate; no mangá é tudo meio bagunçado, fica difícil saber quem está ganhando até que as coisas acabem, de fato. As sequências são praticamente as mesmas. Algumas situações têm a ordem trocada e as elipses de tempo ficam mais acessíveis com a referência animada.

Na trama, Nagate Tanikaze é o que as pessoas chamam de "Homem do Subterrâneo". O herói viveu sozinho a maior parte do tempo, sem sequer imaginar que existiam mais pessoas além dele e do seu avô naquele bunker abandonado. Ele não imaginava que toda uma sociedade ainda vivia, mesmo que de forma completamente diferente da que ele achava que conhecia.

Genes alterados, fotossíntese, humanos sem gênero definido, reprodução assexuada e biotecnologias bizarras são algumas coisas com que Nagate precisa se familiarizar para voltar a viver entre os homens. E assim, sem mais nem menos, ele é aceito num programa especial para a pilotagem de Guardiões, robôs gigantes que defendem a população da ameaça dos Gaunas, seres alienígenas sem uma forma muito definida que ameaçam a vida de todos.

Por alguma razão é dada a Nagate a chance de pilotar Tsuguromi, um dos guardiões mais importantes do arsenal de Sidonia. A atenção dada ao personagem gera um pouco de ciúmes e desavenças por parte de alguns companheiros do esquadrão, em especial Norio Kunato, o piloto mais habilidoso do esquadrão.

O mangá tem um ritmo bom e deixa um bom clímax no final, mesmo para quem já assistiu à série. A HQ é lançada em papel offset, mas algumas páginas (as mais brancas) deixam transparecer a impressão, o que pode incomodar alguns. As páginas coloridas estão embutidas no pacote, mas foram impressas no mesmo papel do restante do mangá.

Knights of Sidonia pode ser encontrado em bancas e livrarias, custa R$ 17,50, tem 184 páginas e censura 16 anos. Vale lembrar mais uma vez que a obra já está completa no Japão, totalizando 15 volumes.

Nota do Crítico
Bom

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