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Crítica

Star Wars: Poe Dameron #1 | Crítica

HQ começa atravancada pela necessidade de tapar os buracos da saga

06.04.2016, às 17H35.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

São dois os principais tipos de HQs da linha de Star Wars dentro da Marvel: aquelas que costumam se situar entre os filmes mais antigos e não têm a obrigação de alimentar as tramas centrais da saga com novas informações, e aquelas que nascem justamente com a missão de preencher essas lacunas. Star Wars: Poe Dameron está nesse segundo caso.

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A primeira edição da série escrita por Charles Soule e desenhada por Phil Noto saiu nesta semana nos EUA, e dá mais detalhes da missão de busca por Luke Skywalker que Leia Organa e a Resistência incumbem ao piloto Poe Dameron em O Despertar da Força. A HQ serve de prelúdio ao filme e, embora ainda não diga muito sobre os novos personagens, já adianta que Lor San Tekka é conhecido como Explorador e, segundo Leia, "conhece tudo sobre ruínas jedis e seus cavaleiros".

A necessidade não só de vincular a exposição da HQ ao filme, mas também de aproximar o traço de Noto com as fisionomias de Carrie Fisher e Oscar Isaac traz a incômoda sensação de que Star Wars: Poe Dameron é mais um título protocolar de promoção do filme do que exatamente uma nova peça da variada linha que a Marvel vem publicando desde o ano passado. Provoca curiosidade a introdução de um novo núcleo de personagens (uma seita religiosa que acredita na incubação de um salvador nascituro para a galáxia), mas boa parte desta primeira edição é gasta com um flashback que não acrescenta nada de verdade ao que já sabemos da missão de Poe, e depois uma história secundária fofa estrelada por BB-8 completa a tiragem da HQ.

No fundo, o maior esforço de Soule é no sentido de reiterar o estilo improvisador, bem humorado, de reações rápidas e muita empatia de Poe Dameron, dos quais só tivemos um breve vislumbre no filme. O personagem começa a se desenhar na HQ como uma variação de Han Solo, tendo apenas seu copiloto como companhia, cujas falas apenas o protagonista entende, para efeito cômico. A diferença é que Han Solo tinha seus dilemas morais de contrabandista e o amor de Leia para completar o pacote da sua caracterização, enquanto Poe Dameron ainda é apenas um charmoso peão da Resistência.

Fica aqui a torcida para que ele prove seu valor, não como habilidoso piloto mas como um personagem que não sirva apenas aos propósitos de tapar as lacunas da saga.

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