As oito melhores ideias de Grandes Astros Batman

Créditos da imagem: Divulgação/DC Comics

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As oito melhores ideias de Grandes Astros Batman

A série de Scott Snyder chega ao fim, com momentos de brilho próprio

11.10.2017, às 17H38.
Atualizada em 08.11.2019, ÀS 14H34

Depois de deixar a série mensal do Batman, Scott Snyder criou uma nova HQ para contar histórias com os vilões que ele não aproveitou anteriormente. Assim nasceu Grandes Astros Batman (All Star Batman), mas o conceito do título - edições individuais ou arcos curtos com esses vilões - mudou consideravelmente na segunda metade, com uma história emocional estrelada por outro coadjuvante importante do bat-universo, Alfred.

Nessa HQ, Snyder não muda demais de estilo; ele continua almejando o literário e buscando o que existe de ontológico em gêneros como a aventura e o épico. Ainda assim, a série que durou 14 edições teve seus momentos de brilho próprio. Na galeria abaixo, listamos as oito melhores ideias que Snyder e seus desenhistas convidados desenvolveram ao longo de Grandes Astros Batman:

Sempre dois lados

Snyder sempre trabalhou a dualidade do homem e do mito que ele cria, e desta vez a trama faz disso não um elemento de pretensão literária e sim um simples MacGuffin - a busca pela cura do Duas-Caras envolve o perigo da revelação da identidade secreta do Batman, e o suspense gerado por essa situação é simples e empolgante, embora não permaneça em todas as edições, mas no começo e no fim do arco inicial com Harvey Dent.

Repelente de tubarão

Scott Snyder sempre pendeu para o lado pop nas suas bat-histórias. Aqui, na edição #2, ele cria uma fórmula específica e uma justificativa para o bat-repelente de tubarão. Fica claro que estamos diante de uma série que começa divertindo-se com a galeria mais bizarra de vilões e a ideia é realmente pegar o lado mais colorido que envolve o personagem - e isso inclui referenciar a série de TV dos anos 1960.

Questionando o vigilantismo

O treinamento de Duke, o "novo Robin", envolve testes como sempre, mas também conversas sobre o que motiva o heroísmo e questões mais práticas de investigação e dedução. As primeiras histórias secundárias são interessantes mais por essas conversas do que pela trama em si, e denotam não só a preocupação do Batman com seus protegidos mas também envolvem uma terapia interessante sobre as fragilidades daqueles que escolhem o vigilantismo.

Terror no Ártico

A trama com Senhor Frio se passa no Ártico como se fosse uma história de terror lovecraftiana no estilo de Enigma do Outro Mundo, com zumbis nus que Jock desenha como se fosse menos uma HQ de Batman do que de 30 Dias de Noite. Frio nunca pareceu tanto um mestre do seu domínio quanto no ambiente inóspito gelado.

All-in com o Chapeleiro

Scott Snyder diz que criou All Star Batman para contar histórias com vilões que não conseguiu aproveitar na série mensal, e a trama com o Chapeleiro Louco realmente é um "all-in"; o autor estabelece associações entre Alice no País das Maravilhas com a galeria de vilões do Morcego e relaciona a própria origem de Batman com os truques do Chapeleiro, numa edição bem ambiciosa mas que se desenrola como um típico pesadelo

Quase desenho animado

A entrada de Rafael Albuquerque no ótimo arco com Bruce e Alfred em Miami areja a HQ na edição 10 não apenas pela mudança de ambientação mas principalmente pelas escolhas de fisionomia (as caras de espanto!) e iluminação do desenhista brasileiro, que tornam Batman mais próximo de um desenho animado (ou uma aventura pirata, como escreve Scott Snyder) ou de um filme de James Bond (especialmente com Bruce sem o uniforme) mas sem perder a pose.

Como James Bond

A narrativa cruzada que intercala a juventude de Alfred no Serviço Secreto britânico com o trabalho de seu pai com os Wayne antes e durante o nascimento e Bruce é simples e muito eficiente. Isso também demarca um arco que parece mais uma coisa de 007, com crocodilos e vilões monstruosos, do que uma história sisuda do Batman, e o tom se revela muito bem encaixado.

Sem vergonha das reviravoltas

O arco final da HQ havia começado com o duplo de Bruce Wayne, o vilão Silêncio, e a reviravolta final segue essa mesma linha, mas de uma maneira inesperada. Scott Snyder não se envergonha de explorar essas viradas chocantes de um jeito bem pop e a consequência é que Grandes Astros Batman se conclui de uma forma bem forte com essa revelação final. Ainda que no futuro a DC não aproveite no Universo regular essas ideias envolvendo a origem e o presente de Alfred, elas já alcançaram nas últimas edições da série um clímax emocionante.

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