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Demolidor | Conheça 13 fatos sobre Elektra nos quadrinhos

A trajetória da ninja criada por Frank Miller, no mundo dos vivos e dos mortos

20.03.2016, às 14H14.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

Na última CCXP, Frank Miller foi questionado sobre a participação de Elektra no seriado do Demolidor na Netflix. A resposta sucinta - "Chamem do que quiserem, mas não é a Elektra" - circulou pelo mundo e rendeu até resposta de produtor do seriado, no qual a personagem é vivida pela atriz francesa Élodie Yung.

A estreia

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Ninjas, sais e shurikens não eram comuns na cultura pop de início dos anos 1980, mas Frank Miller resolveu inserir este universo nas histórias do Demolidor. Elektra havia sido um namoro da época de faculdade, desaparecida após a morte trágica de seu pai, o embaixador grego nos EUA. Anos depois, ela volta assassina profissional, com um traje vermelho como o do herói cego. O reencontro é doloroso e os dois percebem, com poucas palavras, que tomaram caminhos muito distintos na vida. É melhor que nunca mais se vejam...

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O quadrilátero

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Os leitores impediram que Demolidor e Elektra não se encontrassem mais. A ninja e suas adagas eram sensacionais, o amor impossível era dramático; as cartas exigiam que a personagem voltasse. Miller atendeu e Elektra virou uma das pontas do quadrilátero principal da série do Demolidor, que incluía o herói e os vilões Mercenário e Rei do Crime. Foi o auge de Miller na série, que chegou inclusive a fazer uma história solo de Elektra - quase sem balões, um marco no seu estilo - para a série Bizarre Adventures, que só foi publicada uma vez no Brasil.

Polêmicas à parte, não é por acaso que o quadrinista a chama de "filha". Criada para participar de uma única história do Demolidor, 35 anos atrás, a ninja grega enfeitiçou os leitores. Miller curtiu tanto a reação que a trouxe de volta e, em seguida, a matou. Lançou um mito - que segue vivo, embora Miller rejeite qualquer aparição dela na qual não tenha participação. A Marvel, é claro, soube se aproveitar. Conheça abaixo a trajetória de Elektra nos quadrinhos.

A morte

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Entre personagens recém-criados nos quadrinhos de super-herói, Elektra era sem dúvida uma das mais amadas nos anos 1980. Plenamente ciente do amor que os leitores tinham por ela, Frank Miller a matou. O vilão Mercenário atravessa o estômago da assassina com suas próprias adagas sai, numa das cenas mais clássicas das HQs. Nem Matt Murdock acredita, e chega a exumar o corpo da amada para confirmar. As cartas dos fãs chegaram iradas, algumas ameaçavam Miller de morte. O autor chegou a procurar o FBI para se prevenir.

A volta a Demolidor

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Elektra anda ausente das HQs da Marvel, e a única previsão de que vai reaperecer ficou para abril, depois da estreia do seriado da Netflix. Ela volta justamente na revista do Demolidor. Para comemorar o retorno, a Marvel convidou um dos desenhistas icônicos da ninja para a capa: Bill Sienkiewicz. E a sinopse diz que ela tem "contas a acertar" com o vigilante chifrudo. 

Ressurreição?

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Em sua despedida de Demolidor, Frank Miller deixou um raio de esperança. A organização Tentáculo teria conseguido, através de um ritual ninja milenar, ressuscitar Elektra? É ela que surge, no final de Daredevil #190, vestindo um traje branco no topo de uma montanha? Ou é tudo simbólico? De qualquer maneira, a edição garante: ela e Matt Murdock nunca mais devem se encontrar. Para Miller, a regra vale até hoje.

A última série

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A última tentativa de uma série mensal de Elektra aconteceu entre 2014 e 2015. Durou menos que as duas anteriores: só 11 edições. Apesar dos desenhos chamativos do filipino Mike Del Mundo, os roteiros de W. Haden Blackman - de volta ao aspecto assassina internacional, mas com elementos sobrenaturais - não convenceram. No Brasil, essa encarnação da HQ ainda nem deu as caras.

Dois pontos, assassina

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Enquanto trabalhava em O Cavaleiro das Trevas, Frank Miller resolveu que Elektra merecia pelo menos mais uma história só dela. Com desenhos de Bill Sienkiewicz, Elektra: Assassina saiu pelo selo adulto da Marvel, o Epic, e é um dos clássicos dos quadrinhos nos anos 1980. Misturando S.H.I.E.L.D., assassinos androides e guerra nuclear, é a melhor história solo da ninja.

Eterna coadjuvante?

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Tendo estreado como coadjuvante, Elektra fixou seu papel mais como personagem secundária do que estrela solo. De vez em quando inclusive participa de superequipes: esteve numa versão dos Heróis de Aluguel, lutou ao lado das Defensoras Sem Medo e foi integrantes dos Thunderbolts. Nesta última série, até teve um início de romance com ninguém menos que Frank Castle, o Justiceiro.

Elektra vive

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Frank Miller investiu mais uma vez em Elektra com esta graphic novel de 1990, feita à moda dos portentosos álbuns franceses. Apesar do título, a trama não deixa claro se Elektra ressuscitou, se é ressuscitada de novo (?) ou se é tudo uma fantasia de Matt Murdock. Miller, pelo menos, encerrou sua relação com o mito aqui.

Skrull

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Um dos pontos altos da carreira de Elektra é seu envolvimento na saga Invasão Secreta, de 2008. O estopim é uma edição em que os Vingadores descobrem que a Elektra que vem aparecendo no Universo Marvel é, na verdade, uma skrull, alienígenas transmorfos com planos de invadir a Terra. Muita gente viu a revelação como um aceno positivo a Frank Miller: tavelz a personagem que vinha aparecendo desde que ele a matara não fosse Elektra, mas uma impostora. A Marvel logo desfez essa esperança. Para a editora, a Elektra das HQ pós-Miller era Elektra mesmo.

Viva de vez

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O editor de Demolidor, Ralph Macchio, tinha um acordo de cavalheiros com Frank Miller: Elektra nunca voltaria a contracenar com o herói. Mas já fazia mais de dez anos desde a suposta morte da ninja, o mercado de quadrinhos não ia bem, o mito de Elektra ainda era forte, Miller já estava lá feliz com seus Sin City... Por que não? Macchio, o roteirista D.G. Chichester e o desenhista Scott McDaniel arquitetaram a volta de Elektra durante a saga "Caindo em Desgraça", em 1994. Poucos meses depois, ela estrelava minissérie própria. De repente, estava de volta ao Universo Marvel para ficar.

Espiã

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Uma nova série veio em 2001, quando Brian Michael Bendis e Chuck Austen tentaram dar outros rumos à personagem. A HQ saiu sem o selo do Código de Ética, autorizada a mostrar mais violência e "conteúdo adulto" - Elektra chegou a aparecer nua numa edição que provocou leve controvérsia e recall da Marvel. Greg Rucka e Robert Rodi deram sequência às tramas, que viam a ninja como assassina/espiã em missões internacionais. A segunda tentativa de série durou um pouco mais, 35 edições, e aproveitou o período que a ninja estava em alta no filme do Demolidor.

Bad girl

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Elektra ressurgiu num período controverso. As heroínas tão voluptuosas quanto porradeiras estavam na moda e a Marvel conseguira um dos grandes nomes das bad girls, o brasileiro Mike Deodato, para lançar a primeira série mensal da ninja. De cabelos crespos soltos, bumbum empinado e cintura de Barbie, a assassina se deu mal na primeira HQ: teve só 19 edições. Para firmar que ela estava de volta à Marvel, contudo, Elektra virou coadjuvante em Wolverine, enfrentou o Homem-Aranha e circulou pelo universo de heróis, sempre num papel de assassina impiedosa e praticamente muda.

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