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Oito razões para continuar vendo The Walking Dead

O que pode vir por aí na série de TV, a partir dos quadrinhos

Omelete
3 min de leitura
27.10.2017, às 11H31.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H48

A oitava temporada de The Walking Dead mal começou e muita gente já se incomoda com a repetição de alguns problemas que já assolam a série de TV há alguns anos, mas há esperança no apocalipse zumbi. Na galeria abaixo, listamos - sem muitos spoilers - oito razões para continuar assistindo a TWD, a partir do que acontece nos quadrinhos e que pode ser adaptado para a telinha.

Menos ação sem sentido, mais peso

Eventualmente Rick Grimes deixa de ser o pretenso estrategista de guerra com uma arma na mão e se torna um estrategista de fato, consciente do lado político de ser o líder da sua comunidade, o que inclusive envolve alimentar o medo e o ódio daqueles que governa. Nos quadrinhos The Walking Dead é bom na ação e no impacto visual mas na TV isso não tem encontrado tração, então talvez o teor controverso do discurso de guerra ganhe uma tradução melhor na série de TV.

Paranoia

A entrada dos Sussurradores - um grupo que usa pele de zumbi sobre os rostos para se misturar aos mortos-vivos em áreas desprotegidas - pode dar à série de TV uma oxigenada em termos de suspense. À medida em que TWD se aproxima de uma noção mais contemporânea de democracia, esse grupo aparece como uma ameaça terrorista, e com isso vem a paranoia, alimentada pelo discurso do medo de Rick. Desconfiar de pessoas ao redor (as comunidades se tornam mais povoadas no período de paz, depois da guerra contra Negan) é uma ideia interessante que a série de TV pode aproveitar.

A ilusão de algo maior

Nos quadrinhos, Eugene estabelece contato por rádio com uma personagem de fora das comunidades já apresentadas, chamada Stephanie. Isso devolve a TWD a ilusão de que podemos encontrar algo maior, uma ordem social restabelecida em algum lugar, após o apocalipse zumbi. Nos diálogos, Stephanie parece viver num local mais bem protegido do que Alexandria, em Ohio, o que pelo menos ofereceria à série uma mudança de cenário - e a volta aos centros urbanos.

As bizarrices

The Walking Dead às vezes se envergonha das próprias bizarrices, mas elas vão e voltam, e a série ganha pelo menos algum ânimo quando elas aparecem. Uma delas, que faz parte do processo de puberdade de Carl, é o relacionamento que ele estabelece com Lydia. A série de TV pode até adaptar essa personagem, não faltam teorias sobre o futuro amoroso de Carl, mas pelo menos a lambidinha na cavidade do olho tem que ter!

Um vilão que se firme

O histórico de The Walking Dead sempre instrui o espectador a esperar uma renovação cíclica de vilões, mas eventualmente isso deixa de valer tanto assim (embora ainda exista). Sem entrar em spoilers, digamos que Rick escolhe um caminho diplomático e civilizatório para um dos seus conflitos, e a ideia de conviver com um vilão na sua própria casa abre uma série de possibilidades que permitem que ele cresça como protagonista, sem contar o suspense constante.

Variação na ação

Cansou de tanto tiroteio que faz barulho mas não acerta ninguém que importe de verdade? Num futuro próximo a série de TV pode trocar as metralhadoras por "zumbis" com flechas flamejantes e combates em plenas hordas de desmortos - pelo menos já é alguma novidade.

A vacina da metalinguagem

Sempre dá para aliviar um pouco da seriedade da série com umas graças de metalinguagem, e a eventual entrada de Princess na adaptação na TV pode ser uma forma de fazer isso. Ela fala pelos cotovelos como Negan e isso é potencialmente irritante, mas a personagem faz comentários engraçados sobre a própria TWD (como quando analisa a demografia do grupo de Michonne) e isso ajuda a série a rir de si mesma um pouco.

Zumbis!

Nos quadrinhos, quando menos se espera, os zumbis voltam a ser a maior ameaça na vida dos sobreviventes. Se seguir o material base, a série de TV terá a oportunidade num futuro próximo de criar a maior onda de desmortos que já realizou, e isso não só traz novidades em termos de computação gráfica como pode valorizar a única coisa que sempre foi impecável e constante na TV: o trabalho de maquiagem na criação dos mortos-vivos.

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