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Os Trapalhões | Livro sobre o grupo é lançado hoje com vários segredos de bastidores

Rafael Spaca é o responsável pela publicação

25.04.2016, às 12H07.

Era quase uma lei cinéfila no Brasil das décadas de 1970 e 80, mais precisamente de 1978 a 1990, que, a cada temporada de férias escolares, tanto em julho quanto em dezembro, o circuito exibidor nacional abrisse espaço para DidiDedéMussum e Zacarias testarem seu humor e a fidelidade de seu público, arrastando, em seus primeiros sucessos, uma média de 5 milhões de pagantes por filmes. Estas cifras são analisadas, entre divertidas histórias de bastidores, nas páginas do livro O Cinema dos Trapalhões – Por Quem Fez e Por Quem Viu, de Rafael Spaca, com lançamento esta semana em todo o país. O autor estará nesta segunda-feira, às 19h, no Rio, na Blooks Livraria, no Espaço Itaú (o ex-Arteplex), em Botafogo, em sessão de autógrafos. O texto faz um estudo de caso do fenômeno midiático que o grupo foi e analisa como seus filmes influenciaram a cadeia da cultura em diferentes latitudes, inspirando a criação de produtos distintos, como gibis e até desenhos animados.    

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Um dos maiores legados dos Trapalhões no âmbito estético foi a criação de uma atmosfera de cinema profissional no Brasil”, diz Spaca, que reuniu 132 entrevistas sobre o quarteto, ouvindo de cara Aragão e Dedé. “Além de criarem, a R.A.Produções, com estúdios de última geração para produções próprias e também para alugar a terceiros, eles sempre se preocupavam em ter os melhores equipamentos e os melhores profissionais em seus filmes. Não por acaso, Antonio Gonçalves e Walter Carvalho foram diretores de fotografia de seus filmes. Isso resultou em filmes bem acabados tecnicamente. Estamos falando de uma época que era quase impossível ouvir os diálogos nos filmes, alguns eram feitos com som direto e eram inaudíveis. Com os Trapalhões isso não acontecia. No sentido artístico, não houve grandes transformações na linguagem, no modo de fazer cinema com eles, apesar de terem um conceito bem peculiar de produto cinematográfico. Mas, tecnicamente, os filmes dos Trapalhões eram considerados um dos melhores de nosso país”.

Fora o livro, tem novidades acerca dos Trapalhões remanescentes vindo aí. Imortalizado no cinema graças a uma versão de carne e osso com Renato Aragão e Os Trapalhões, de 1981, o espetáculo musical Os Saltimbancos, de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov, com versão brasileira e canções adicionais de Chico Buarque, vai voltar às telas nacionais, agora como animação. Previsto para 2018, pela complexidade visual exigida para animar as aventuras de quatro animais cantores, o projeto reúne os produtores Joana Mariani (diretora do doc Marias) e Diler Trindade (responsável por sucessos dos anos 2000 como Maria, a Mãe do Filho de Deus) e será roteirizado pelo diretor João Falcão (A Máquina). Além disso, o Canal Brasil tem em gestação, desde 2012, um documentário sobre Aragão. Fora isso, Dedé será visto este ano como coadjuvante em O Shaolim do Sertão, de Halder Gomes, uma das comédias mais esperadas de 2016.

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