O
belga Joseph Gillain, vulgo Jijé, foi um dos mais importantes quadrinhistas
de seu país e está, vinte e três anos após sua morte, prestes a se tornar tema
de um museu.
Nascido em 1914, Jijé cedo revelou-se um talentoso artista. Após ter estudado arte em duas escolas de Bruxelas, influenciado pelo Tintin de Hergé, decidiu se tornar também um quadrinhista. Ingressou nos quadros da revista Spirou (editora Dupuis) em 1939 e se tornou o principal ilustrador da publicação (e de seu personagem título) durante os duros anos da ocupação alemã. Lá, criaria séries como Jean Valhardi e o western Jerry Spring. Entre seus assistentes nesta HQ, estava um jovem Jean Moebius Giraud. Mais tarde, Jijé também trabalharia em aventuras de outras editoras, como Tanguy e Laverdure e Barba-Ruiva, até sua morte em 1980.
Embora tenha sido um desenhista extremamente prolífico, quase todo seu trabalho está ainda sendo republicado na Europa. Inclusive em uma revista dedicada da Dupuis, Tout Jijé, que pretende republicar a totalidade dos trabalhos do criador para a editora, tamanha é a sua importância.
E agora, um museu em sua homenagem está prestes a ser inaugurado em Bruxelas. Chamado Musée BD Jijé (Museu de Quadrinhos Jijé), a instituição pretende expor suas pranchas originais, pinturas, esculturas e outros trabalhos. Lá, também estarão expostos trabalhos de seus colegas e amigos Morris, Franquin e Will e obras de outros artistas de quadrinhos homenageando Jijé, além de ocasionais exposições especiais. Haverá, claro, uma loja vendendo todos os seus quadrinhos e souvenirs em geral.
A inauguração do museu está prevista para 27 de maio. Mais detalhes no site do museu em http://www.jije.org/.
