Séries e TV

Crítica

Agents of SHIELD - 2ª Temporada | Crítica

Inumanos deram personalidade ao segundo ano da série de TV da Marvel

14.05.2015, às 13H42.

Agents of SHIELD terminou o seu primeiro ano com a promessa de ter encontrado a sua razão de ser dentro do universo criado pelo Marvel Studios. Entre altos e baixos, a volta dos mortos do agente Coulson (Clark Gregg) parecia finalmente justificada. Na sua segunda temporada, a série não apenas transformou essa esperança em realidade, mas encontrou uma voz própria, deixando de somente replicar as tramas do cinema para introduzir por si só elementos importantes da Casa das Ideias.

A primeira metade do ano dois girou em torno dos misteriosos sinais que Coulson passou a desenhar depois de ser injetado com sangue Kree. Os episódios seguiram um ritmo frenético, apresentando sempre novos elementos - o artefato misterioso capturado pela Agente Carter (Hayley Atwell), o mapa para a cidade alienígena -, novos vilões - como o Homem-Absorvente (Brian Patrick Wade) e o nazista e uma das cabeças da HYDRA Daniel Whitehall (Reed Diamond) - e novos heróis - como Bobbi Morse (Adrianne Palicki) e Lance Hunter (Nick Blood). A série também começou a desvendar o passado e a identidade de Skye (Chloe Bennet), revelando Calvin Zabo (Kyle MacLachlan) como seu pai, em uma das melhores adições da temporada.

Apesar de continuar seguindo as consequências da queda da SHIELD em Capitão América: O Soldado Invernal, a introdução de elementos alienígenas deu personalidade à série. Um mistério que ajudou no desenvolvimento não apenas de Skye e Coulson, mas de todo o elenco, mostrando outros lados para a verborragia de Leo Fitz (Iain De Caestecker) e Jemma Simmons (Elizabeth Henstridge) e para a inexpressão da agente Melinda May (Ming-Na Wen). Apenas a volta de Grant Ward (Brett Dalton) parecia empacada em uma aparente indecisão sobre o que fazer com o personagem dentro do elenco principal, mas o seu desenvolvimento como vilão ganhou traços promissores, principalmente ao final da temporada.

A Névoa de Terrígeno que envolveu Skye, Raina (Ruth Negga) e o agente Triplett (B.J. Britt) no mid-season finale escancarou as portas para os Inumanos no Universo Marvel muito antes da sua introdução no cinema, prometida para julho de 2019. Depois do intervalo, a série foi retomada em um ritmo menos acelerado, focando seu esforços no desenvolvimento dessa nova mitologia e consolidando Skye como o segundo coração de Agents of SHIELD ao lado de Coulson.

Conforme a personagem, agora também conhecida como Daisy (e futuramente como Quake),  descobria os seus poderes e se conectava com as suas origens, a série se transformava naturalmente, sem perder a sua essência. O humor continuava lá, mas situações mais dramáticas foram bem construídas, com destaque para as interações entre Bennet e MacLachlan. A metamorfose de Raina, personagem que acompanha a série desde o início, também é digna de nota. De moça do vestido florido a clarividente espinhosa, a personagem serviu para mostrar as desvantagens da terrigênese e os medos que assolam as criações da raça Kree.

Dividida em duas frentes, o arco dos Inumanos e o arco da SHIELD, a série caminhou para um encerramento digno, fechando a temporada com respostas necessárias e ganchos intrigantes (Veremos os Guerreiros Secretos? O que a pedra Kree fará com Jemma? As cápsulas contaminadas com o cristal Terrígeno levarão a uma epidemia Inumana?). O ponto fraco, porém, continua a ser a frágil e impreterível ligação com o cinema, que desta vez rendeu apenas algumas amarras com Vingadores: Era de Ultron. Sem um efeito prático, como a revelação da HYDRA em Soldado Invernal (ponto de virada que ajudou a série a se recuperar do início fraco), Agents of SHIELD perdeu tempo da própria trama para criar conexões que não passaram de easter eggs elaborados. Que a iminente Guerra Civil, que certamente influenciará a série, não destrua todo o trabalho de Coulson e Cia neste segundo ano.

Nota do Crítico
Ótimo
Agents of SHIELD
Encerrada (2013-2020)
Agents of SHIELD
Encerrada (2013-2020)

Criado por: Maurissa Tancharoen, Jed Whedon, Joss Whedon

Duração: 7 temporadas

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