Miranda e Che em And Just Like That...

Créditos da imagem: Divulgação

Séries e TV

Entrevista

And Just Like That: Como série evolui e responde a críticas em nova temporada

Omelete entrevistou o criador Michael Patrick King, bem como Sara Ramirez e Nicole Ari Parker

Omelete
3 min de leitura
22.06.2023, às 06H00.

And Just Like That…, o revival de Sex and the City, foi um grande sucesso em sua primeira temporada, mas não sem controvérsias: o tom mais dramático da produção da HBO Max causou estranhamento, e sobraram críticas às novas personagens que chegaram para habitar a mesma Nova York de Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis). Nada disso passou despercebido ao criador da produção, Michael Patrick King.

O que foi mais empolgante na primeira temporada é que houve uma divisão completa: muitas pessoas acharam divertido ver todo mundo e conhecer novas pessoas, e outras que pensaram ‘essas não são as minhas garotas’”, diz King em entrevista ao Omelete. “Em algum lugar no meio disso, existe a série, e quando você está escrevendo, você leva em conta os seus sentimentos, o que você quer fazer diferente”.

O showrunner e diretor acredita que o maior erro que alguém pode cometer “é escrever em reação direta ao público”, mas admite que um pouco disso “vaza” na escrita. “Nós quisemos lidar com isso mostrando novos lados que as pessoas não imaginavam que esses personagens tinham, como Che. E se você conhecer mais de Che? Fica ainda melhor quando você tem atores como esses, que podem fazer qualquer coisa”.

O exemplo de King não é à toa. Che, personagem não-binárie interpretada por Sara Ramirez (também não-binárie), teve seu desenvolvimento criticado na primeira temporada -- e de fato ganha mais espaço no novo ano, em uma trama própria que não depende de seu relacionamento com Miranda. Che, afinal, começa a temporada em Hollywood, onde está prestes a gravar o piloto de uma série com a qual tem uma ligação bem pessoal.

Eu estava bem animade para ver como Che iria lidar com a experiência de Hollywood e a forma como Hollywood extrai algo das pessoas para mudar a natureza dos projetos e torná-los algo mais em linha com o que a emissora quer”, conta Sara. “Achei fascinante ver como isso impactaria a humanidade delu e como isso faria elu se questionar de novas formas”.

Quem também ganha mais destaque na temporada é a glamourosa Lisa Todd Wexley. Introduzida como parte do círculo de Charlotte, ela passa a ter mais espaço para lidar com questões familiares e de sua carreira como cineasta. “Acho que os roteiristas tiveram o desafio de pegar essa história icônica e adicionar rostos novos, e eles fizeram um ótimo trabalho. Eles sabiam o que era necessário para fazer uma personagem completa, e eu adorei”, nota a atriz Nicole Ari Parker. No entanto, o que ela mais gostou do novo ano foi outra coisa: “Todo o sexo [risos]”. “Fiquei impressionada com essa segunda temporada, nós realmente vamos com tudo nisso”, completa.

O resultado pode ser conferido pelo público a partir desta quinta-feira (22), com a estreia do novo ano de And Just Like That… na HBO Max. Mas Michael Patrick King está otimista. “Nós conseguimos dar novos capítulos [às novas personagens]. No ano passado, você julgou o livro pela capa, mas agora você pode abri-lo e ler a história”, finaliza.

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