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Game of Thrones | Estreia da sétima temporada arrebata o público logo na primeira cena

Programa retornou com avanços expressivos de norte a sul de Westeros

16.07.2017, às 23H45.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H38

Quando David Benioff e D. B. Weiss avisaram - repetidas vezes - que a sétima temporada de Game of Thrones teria um ritmo muito mais acelerado, eles não estavam brincando. O penúltimo ano abriu com um episódio de tirar o fôlego, digno do que os fãs esperavam do retorno da saga de Jon Snow (Kit Harington), Tyrion Lannister (Peter Dinklage), Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) e os demais habitantes de Westeros. Logo no primeiro episódio, tivemos, finalmente, a chegada da Mãe dos Dragões à Westeros, após seis longas temporadas de preparação em Essos. Além disso, no outro extremo do continente, Bran Stark (Isaac Hempstead-Wright) e Meera (Ellie Kendrick) chegaram à Muralha - os dois eventos são fundamentais para definir o que irá acontecer daqui em diante na série.

Contudo, a primeira cena foi o ponto alto do episódio veio antes mesmo da saudosa vinheta. Em uma das melhores cenas de todas as temporadas, Arya Stark (Maisie Williams) volta sob a face de Walter Frey (David Bradley) e encerra a vingança contra a casa que traiu sua família. Após lembrar que os inimigos mataram covardemente uma mulher grávida, a mãe de cinco filhos e seus próprios convidados, ela revelou o erro deles: deixar Starks vivos. "Se deixar um lobo vivo, as ovelhas nunca estarão seguras. O inverno chegou para a casa Frey". Arya caminhando entre os corpos de todos os que mataram Catelyn (Michelle Fairley), Robb (Richard Madden) e seus aliados no Casamento Vermelho foi um momento tão aguardado quanto à morte de Ramsay (Iwan Rheon) aos olhos de Sansa (Sophie Turner).

O primeiro episódio achou tempo ainda para brindar o espectador com cenas de personagens carismáticos como Lady Lyanna Mormont (Bella Ramsey) - o diálogo sobre mulheres e homens serem treinados igualmente foi uma lembrança de como Game of Thrones constrói personagens extremamente fortes, sem distinção de gênero. Alías, falando em personagens que se tornaram fortalezas, Kit Harington e Sophie Turner têm brindado o público com as interações entre Jon Snow e Sansa Stark desde seu reencontro no último ano. Ambos evoluíram de forma diferente e, mesmo que eles tenham embates sobre quais são as melhores estratégias, é um deleite ver os diálogos da dupla e a confiança incondicional entre eles.

Sobre a chegada de Bran na Muralha - logo na primeira cena do personagem no episódio -, é interessante ver como ele voltou a ser um Stark relevante no último ano - principalmente se considerarmos que nem ele, nem Meera deram as caras durante o quinto ano da série. Contudo, o rapaz acumulou responsabilidades que fazem dele um dos sobreviventes de Winterfell mais importantes no momento: Bran carrega informações e habilidades fundamentais para pavimentar o caminho de outros personagens importantes.

Tão importante quanto Bran em termos de deter informações, o primeiro episódio mostrou Sam Tarly (John Bradley-West) sendo decisivo em um dos encontros mais importantes da trama, o de Jon Snow e Daenerys. É ele que faz a ponte entre Pedra do Dragão ser um depósito de vidro de dragão e a busca de Jon Snow pelo material. Aliás, é no núcleo de Sam que temos o encontro mais inesperado do episódio: o melhor amigo de Jon encontra ninguém menos que Jorah Mormont (Iain Glen), com a pele do braço cada vez mais tomada pelo escamagris.

É importante falar também de outra aparição (além, obviamente, da de Ed Sheeran): Cersei Lannister (Lena Headey). O panorama problemático pintado por seu irmão Jaime Lannister (Nikolaj Coster Waldau) e a resolução disso logo em seguida, com a chegada de Euron Greyjoy (Johan Philip Asbæk), foi ótimo do ponto de vista de evitar tramas desnecessariamente prolongadas. Há, contudo, uma pegadinha interessante nessa cena: no grande mapa de Westeros onde os irmãos/ amantes se encontram, Cersei aparece sobre a região conhecida como o Gargalo, enquanto Jaime está na região dos Dedos. Fãs mais afoitos podem especular sobre uma indicação nas entrelinhas de uma profecia não dita na série, de que um valonqar (irmão mais novo) usaria os dedos para enforcar Cersei até a morte.

Conforme a trama avançava, era impossível não sentir falta de uma pessoa - Daenerys Targaryen. Logo em sua primeira cena, reencontrar suas origens em Pedra do Dragão foi tão emocionante quanto o reencontro de Jon e Sansa Stark na temporada anterior. Emilia Clarke conseguiu passar a emoção de um personagem encontrando aquilo para o qual foi destinado, se reconectando com seu passado e caminhando rumo ao seu futuro. Daenerys em Pedra do Dragão é o ponto final em um longo ciclo em que a jovem Targaryen amadureceu e gradativamente foi se tornando, de fato, uma líder - ainda que nem sempre isso tenha acontecido da forma mais fácil. Nesse ponto da trama, não é só o sangue de Daenerys que faz com que ela se sinta impelida a lutar pelo trono, mas a certeza de que o conjunto de experiências que viveu faz dela uma governante melhor que a maioria das opções disponíveis em Westeros.

Game of Thrones é exibida na Brasil pela HBO. O próximo episódio da sétima temporada vai ao ar em 23 de julho, às 22h.

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