Máquina Mortífera, série baseada nos filmes de mesmo nome protagonizados por Mel Gibson e Danny Glover nos anos 1980, é a nova aposta da Warner e mais uma das produções televisivas baseadas em franquias do cinema. Visitamos o set de filmagem da série em Los Angeles e pudemos conferir um pouco do que estar por vir.
Começamos a visita nos estúdios da Warner Bros às 10h entrevistando Keesha Sharp, atriz que interpreta Trish Murtaugh, esposa de Roger Murtaugh (Damon Wayans). Ela falou sobre sua personagem ser uma mulher poderosa não somente por ser mãe e promotora, mas por equilibrar a relação entre Martin Riggs (Clayne Crawford) e seu marido. Como fã dos filmes originais, Sharp disse não estar receosa com a reação do público, pois sente que estão fazendo uma grande homenagem.
A atriz contou que a série se inspirou no original para criar algo novo, adaptado aos tempos atuais e com uma linguagem própria, destacando principalmente a química entre Crawford e Wayans, os novos Riggs e Murtaugh, respectivamente. Ela também acredita que Máquina Mortífera envolverá a audiência no drama dos personagens e que sua personagem atuará como uma força que, em alguns momentos, será contrária a de Murtagh na trama, criando momentos interessantes para a narrativa.
Logo em seguida, conversamos com Johnathan Fernandez, que interpreta Scorcese, personagem criado excluvisamente para a série. Ele falou um pouco sobre seu papel, um patologista que trabalha na polícia de Los Angeles junto de Riggs e Murtaugh. Um dos aspectos mais interessantes para Fernandez é a diversidade que Máquina Mortífera traz com seus personagens negros e latinos que, além de tudo, não caem nos estereótipos vistos na TV. Comentou também que acredita ter uma responsabilidade diferente da de Wayans e Crawford, pois seu personagem é inédito e não precisa ser comparado com a versão dos filmes.
Visitamos os cenários da casa de Murtagh, da delegacia e do necrotério. Entre tanto detalhes e truques de produção, como um painel gigantesco com prédios para simular que a delegacia está andares acima da cidade, conferimos um pouco da atmosfera da produção, que vai misturar ação com momentos de comédia.
Embora aposte no mesmo formato já consolidado em procedurais, como um caso por semana e uma grande trama por temporada, Clayne Crawford nos contou que a produção está buscando não se deixar levar pela fórmula já estabelecida no mercado, mas fazer algo diferente dentro disso para conquistar o público.
O ator falou também sobre como a série vai funcionar como uma espécie de gênesis da história dos dois detetives para um novo público, mas que tem zero expectativas em relação à produção. Inicialmente o ator recusou o papel para viver Riggs, mas foi convencido por um dos produtores, que o considerava perfeito para o papel.
Depois da entrevista com Crawford, partimos para uma das locações em que Damon Wayans estava filmando cenas do sexto episódio da temporada. Não pudemos acompanhar as gravações, mas Wayans falou de como a química entre os dois policiais é algo orgânico na série e como uma cirurgia recente em sua vida pessoal, para tirar um tumor do cérebro, o fez se conectar melhor com seu personagem Murtagh, que tem problemas de coração. Para ele, o fato da série atingir os millenials, que podem já ter ouvido falar dos filmes originais, mas terão a oportunidade de conhecer melhor a história adaptada para os novos tempos, é algo que pode ajudar a produção. Para finalizar, disse que o grande trunfo da nova versão de Máquina Mortífera é equilibrar humor e ação.
A entrevista com Damon Wayans foi breve, pois o ator precisava voltar para as gravações, mas foi suficiente para sintetizar o clima de positividade que paira entre os atores da série. Embora seja uma aposta arriscada, Máquina Mortífera tem uma chance nas mãos para construir uma nova audiência com personagens tão icônicos como Martin Riggs e Roger Murtaugh. Se o acerto for proporcional à quantidade de outdoors espalhados por Los Angeles, teremos um sucesso pela frente.
Máquina Mortífera estreia no Brasil pelo canal pago Warner em 4 de outubro, às 22h30.
