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Narcos | Já vimos o começo da terceira temporada e Pablo Escobar não faz falta nenhuma

Assistimos aos seis primeiros episódios do novo ano e dizemos o que esperar

20.08.2017, às 10H47.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H43

Desde a primeira temporada, Narcos não economiza nos acontecimentos. Contando a história de Pablo Escobar do início ao fim (mais de 15 anos) em apenas duas temporadas de dez episódios cada, o terceiro ano da série é o primeiro sem Escobar (Wagner Moura) no protagonismo. Focada no cartel de Cali, que assumiu as operações de produção e distribuição de cocaína, a série segue acelerada, sem deixar nenhum momento de respiro para o espectador.

Vale lembrar que os principais líderes do cartel de Cali, os irmãos Gilberto (Damián Alcázar) e Miguel Rodríguez (Francisco Denis), além de Pacho (Alberto Ammann) e Chepe (Pêpê Rapazote), já eram personagens ativos nos dois primeiros anos de Narcos, o que acaba economizando ainda mais o tempo de tela. Não é necessário explicar quem são aquelas pessoas e porque Javier Peña (Pedro Pascal) está atrás delas, somente partimos para a próxima investigação do DEA na Colômbia momentos depois que o segundo ano terminou. Afinal, foi o próprio cartel de Cali que criou o Los Pepes, grupo que foi essencial na caçada a Escobar. Não tinha outro lado pra virar, era ali que as investigações e caçadas aos lordes traficantes tinha que acontecer.

Netflix disponibilizou os seis primeiros episódios do novo ano da série ao Omelete e a primeira impressão que fica é que a luta contra o tráfico nunca vai acabar. Por mais que todos os eventos sejam um pouco acelerados para dar mais sustância à trama e não deixar lacunas em nenhum momento, é visível que sempre haverá alguém pronto pra assumir o controle assim que o chefão anterior cair.

Aliás, Narcos trabalha muito bem a volatilidade desse mercado, mostrando inúmeras vezes como aliados podem tornar-se inimigos do dia para a noite. Aconteceu com a criação do cartel de Cali e do Los Pepes, acontece novamente nessa terceira temporada, quando a aliança entre os irmãos Rodríguez e o cartel Norte del Valle é destruída, fazendo com que eles se voltem contra as pessoas que já foram seus parceiros.

É exatamente pelos motivos anteriores que nada parece ter mudado em Narcos. Por mais que a trama de Pablo Escobar tenha sido intensa e incrivelmente envolvente, ela não faz falta alguma. Por mais que o agente Murphy (Boyd Holbrook) tenha narrado muito bem a caçada, sua substituição pelo agente Peña encaixa perfeitamente nessa nova jornada. E vale dizer que a saída de Murphy não é explicada, ela só acontece. É curioso como esse novo ano passa simultaneamente a sensação de estarmos acompanhando a continuação da mesma história, mas também a de termos uma série completamente nova - assim como a substituição dos cartéis.

Infelizmente, com base na realidade, Narcos ainda tem muita história pra contar. Já fomos introduzidos ao sucessor de Cali, o cartel Norte del Valle, e só aqui temos pelo menos mais dez anos de história do narcotráfico pra contar. Nos resta esperar e ver o que ainda vem por aí.

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