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The Walking Dead | Negan rouba a cena em episódio eletrizante

Série volta com tudo e tem começo promissor

Omelete
3 min de leitura
24.10.2016, às 00H33.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H48

[Cuidado! Essa crítica contém spoilers]

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The Walking Dead voltou sem esconder o jogo. Depois de um final polêmico na sexta temporada, o seriado de zumbis da AMC estreou o sétimo ano com um dos episódios mais tensos de toda a série. À parte as mortes e revelações, esse primeiro episódio mostrou um vilão que promete mudar o rumo da história. Com uma atuação impecável de Jeffrey Dean Morgan, Negan promete ser o centro das atenções daqui pra frente.

O episódio começa exatamente de onde o finale da sexta temporada ficou. Depois de esmagar a cabeça de alguém, Negan confronta um atordoado Rick (Andrew Lincoln), que ainda não entende o que ocorreu. Nos minutos seguintes, o vilão começa a mostrar como vai enfrentar o ex-policial: tortura psicológica - armas são inúteis, pois Negan quebra Rick aos poucos, de dentro pra fora. Primeiro matando seus colegas, depois o mostrando como não é possível enfrentá-lo. A cena em que Grimes parte pra cima dele com o machado é emblemática. Não há o que fazer, pois Negan está sempre à frente.

A fotografia do início do episódio também combina com o clima que o roteiro passa. Está tudo embaçado, sem definição e confuso. A única coisa bem definida é a voz em off de Negan, que surge em todos os ambientes, relembrando o que acabou de acontecer. E em um flashback desconexo, como uma lembrança falha e difícil de acreditar, descobrimos os escolhidos por Lucille, o bastão rodeado de arames de Negan: Abraham e Glenn, mortos com pauladas na cabeça.

O primeiro ganhou alguma importância na última temporada, mas não deixará tantas saudades - a trama dele pouco contribuiu para a série. Glenn, por outro lado, foi foco de um dos maiores erros de The Walking Dead, naquela famosa 'morte falsa', além de ser um dos personagens mais importantes da franquia como um todo. A morte dele foi digna de todo esse histórico. Feita de forma abrupta, a cena choca pela violência e impressiona pela brutalidade das ações de Negan. Para os fãs dos quadrinhos, uma alegria: a cena é muito parecida com a da HQ, inclusive o olho saltando do rosto do asiático. Um deleite gore.

A construção desse episódio é tão boa que até a cena de luto coube em uma hora de exibição sem parecer gordura de roteiro. A tensão criada desde o primeiro minuto foi tamanha que era preciso um momento de respiro, um segundo para olhar para os mortos - e se emocionar com o elenco na hora da despedida. Negan, além de esmagar as esperanças do grupo de Rick, mexe com o psicológico da audiência ao brincar com a vida dos protagonistas - vide a cena entre Rick e Carl, uma das melhores do episódio. The Walking Dead nunca foi tão imprevisível e o apocalipse zumbi nunca deu tanto medo. 

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