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The Walking Dead precisa se renovar e introduzir tramas surpreendentes

"The Cell" nos coloca no mesmo loop musical de Daryl

Omelete
2 min de leitura
07.11.2016, às 01H22.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H48

Um padrão que é mantido desde o primeiro ano em The Walking Dead continuou na sétima temporada, que apresentou um terceiro episódio sem muitas cenas de ação; mas que caminha muito bem no quesito introdução de personagem. "The Cell" estabelece de vez que Negan (Jeffrey Dean Morgan) é o ditador daquele povo e que não há ação tomada no Santuário que não passe por sua aprovação. Não há perdão, não há desculpa, só medo e sofrimento.

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[Cuidado, possíveis spoilers abaixo!]

A sequência de abertura mostra Dwight (Austin Amelio) tranquilo, mas o capítulo vai aos poucos desconstruindo essa noção de bem-estar. Em todos os momentos alguém fala sobre os problemas da comunidade, a tirania do líder, as poucas possibilidades fora dali. Daryl (Norman Reedus), por sua vez, permanece em cativeiro, sendo torturado com uma repetitiva e alegre música ao longo dos dias e uma alimentação duvidosa.

Cada vez mais a série tem se quebrado em núcleos, principalmente quando os principais personagens desgarram do grupo. Longe de Rick (Andrew Lincoln), já vimos Carol (Melissa McBride) no Reino e agora alguns dias na vida de Daryl no Santuário; e a toada não deve mudar - a não ser que os três líderes se encontrem. Ao mesmo tempo que a divisão é interessante, ela nem sempre funciona, por vezes tornando o episódio repetitivo. Quantas vezes precisamos ver Daryl na cela escura, ouvindo a mesma música, para entender que existe um padrão ali?

Mesmo que ocasionalmente seja necessário, The Walking Dead não precisa sempre dedicar um capítulo por completo para cada um dos núcleos, muito pelo contrário. Quanto mais interação, mais mescla acontecer, mais dinâmica será a trama. Há dois episódios não vemos como estão Rick e o grupo, como está a situação de Maggie (Lauren Cohan) e o que resta de Alexandria. Além disso, a passagem de tempo também começa a ficar subjetiva - afinal, quantos dias se passaram desde as mortes de Glenn (Steven Yeun) e Abraham (Michael Cudlitz)? Há quantos dias Daryl é torturado?

The Walking Dead continua seguindo a mesma fórmula de novos vilões, mas nunca havia introduzido alguém tão mortal quanto Negan. Ainda assim, falta algo novo, uma trama que ainda não vimos. De fato, não há mais como encarar os zumbis como única ameaça, mas precisamos de originalidade. Que Negan e Ezekiel sejam o fôlego que a série tanto precisa - ou estamos no mesmo loop que Daryl vive em sua escura cela.

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