A partir do dia 26 de abril, às 22h, a série Orange Is The New Black deixará de ser exibida apenas pela Netflix e será transmitida também na TV por assinatura através do Paramount Channel. Em entrevista ao Omelete durante coletiva para jornalistas da América Latina, a atriz Taylor Schilling, que vive a protagonista Piper Chapman, comemorou que a série terá um maior alcance ao ser exibida em outras plataformas. “É uma história poderosa de inclusão e todas as vozes são muito valiosas, então quanto mais pessoas forem atingidas pela série, melhor”, disse.
O Paramount Channel irá estrear a atração na TV exibindo os dois primeiros episódios do primeiro ano em sequência, mas a trama já está perto de lançar sua quinta temporada, prevista para chegar à Netflix em 9 de junho. O drama é baseado em um livro autobiográfico sobre as experiências de um grupo de mulheres na prisão através da ótica de Piper Chapman, uma mulher que cumpre pena por transportar uma mala de dinheiro do narcotráfico. Após várias situações-limites para a personagem, os novos episódios deverão começar mostrando o desenrolar de uma rebelião.
A série aborda assuntos que vão desde as injustiças do sistema penitenciário e a corrupção policial até racismo e transfobia. Schilling contou que, ao longo de quatro anos, mudou a forma como enxergava questões sociais norte-americanas. “Eu me sinto muito mais consciente sobre o que acontece nos EUA e no sistema prisional americano. Nessa altura da trama, eu já estou próxima o suficiente da Piper para saber como ela funciona. No ponto atual, ela é uma mistura do que eu acho que é a Piper e o que os escritores escrevem sobre ela. Eu entendo mais e mais a Piper a cada novo episódio”.
Pela primeira vez da série, Piper está distante do principal conflito na trama. A superlotação e o sucateamento dos serviços da cadeia geraram uma situação que culminou na morte de Poussey (Samira Wiley) pelas mãos de um guarda de prisão despreparado ao fim do quarto ano e provocou a rebelião que será o foco da quinta temporada. A última cena mostrava Dayanara (Dascha Polanco) apontando uma arma para o guarda abusivo vivido por Humphrey (Michael Torpey).
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Para Schilling, vai ser importante para Piper, uma personagem que começou a série como uma jovem egocêntrica e egoísta, se enxergar como alguém que não está no foco das atenções. “Piper está, definitivamente, com uma trama periférica em relação aos outros personagens e vai ser importante para ela perceber o que acontece quando ela não está no centro dos conflitos. Ela vai cuidar dos próprios problemas”.
A atriz contou que, apesar de tanto tempo vivendo uma presidiária, não acha que sua experiência a ajudaria em uma situação real. Durante as primeiras temporadas, quando a série dramática era considerada ainda uma comédia, Orange is the New Black foi criticada por supostamente romantizar demais a vida na cadeia. Ao longo dos anos, contudo, a trama foi se tornando cada vez mais densa e ganhando profundidade. “Acho que a vida na prisão não é romantizada no programa, mas a série também não é um documentário. Eu certamente acredito que a prisão não é um lugar em que alguém queira estar e que existem lugares muito melhores onde alguém vá querer fazer amigos”.
Orange is the New Black está renovada até à sétima temporada e Schilling não sabe dizer até quando viverá a personagem, mas diz que ainda está sendo uma experiência boa para ela. “A Piper testou muitas identidades, ela tentou ter muitas identidades. A série me deu a oportunidade de fazer meu trabalho de maneira muito criativa e eu sou muito grata por isso. Eu sinto que faço parte de algo que impacta as pessoas positivamente, tem sindo uma honra”.
A quinta temporada da série acontecerá em 13 episódios compreendidos em um espaço de 72 horas. Os novos episódios de Orange is the New Black chega ao catálogo do serviço de streaming em 9 de junho.
