Séries e TV

Entrevista

Tá no Ar! | "A TV ainda é a paixão nacional", diz Marcius Melhem

Comediante fala sobre a quarta temporada do humorístico mais transgressor do país

24.01.2017, às 12H32.
Atualizada em 24.01.2017, ÀS 13H00

Programa mais transgressor da TV aberta brasileira, Tá No Ar! volta à grade da Rede Globo nesta terça-feira, às 23h10 (logo após o BBB 17), investindo na metalinguagem para brincar com os cânones da narrativa televisiva e ironizar contradições nacionais. À frente da atração ao lado de Marcelo Adnet e do diretor Maurício Farias, como autor e ator, Marcius Melhem, humorista de maior prestígio do país na atualidade, faz um balanço do programa, em sua quarta temporada, nesta entrevista ao Omelete. Ligado ainda á reformulação do Zorra Total que conduziu o programa a uma indicação ao Emmy Internacional (o Oscar da TV), ele fala da permanência da cultura televisiva pelas dimensões continentais do Brasil.

Teu alvo no programa é a própria TV - como ente e como linguagem. Que lugar a TV ainda ocupa na sociedade brasileira nestes tempos digitais?

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Mesmo nestes tempos digitais, de internet, a TV ainda é um hábito presente em todas as casas do Brasil. Em relação à expansão digital no país, vale lembrar que a banda larga ainda é para poucos. Aqui, a cultura do digital ainda não suplantou a cultura da TV. Não compete com ela para a maioria da população. A TV ainda é a paixão nacional. É dessa paixão que a gente quer falar no Tá No Ar! toda semana.

Como vem sendo a resposta popular ao Tá No Ar! e que quadros têm mais demanda ou que quadros mais viralizaram? 

A resposta popular ao programa aumentam à cada temporada, com quadros que caíram nas graças do povo e que a gente mantém, como Jardim UrgenteGalinha Preta Pintadinha e o do militante vivido pelo Adnet. A gente está sempre atento à reação do público, usando as redes sociais como termômetro. 

De que forma o Tá No Ar! renovou o seu humor e a sua relação de espectador com a TV?

O programa mostrou para o público um outro tipo de humor que eu posso fazer, como autor, diferente do que eu fazia em Os Caras de Pau, em SOS Emergência, em Casos & Acasos e mesmo no próprio Zorra antigoTá No Ar traz um humor crítico e ácido, decorrente da junção de minhas duas paixões: o jornalismo, que tem a missão do diálogo direto com a sociedade, e a comédia. Essa junção me renovou e renovou a minha relação como espectador com a TV, pois agora eu olho para este veículo como um instrumento de diálogo com a sociedade.

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