Em um ano marcado pelo debate da violência contra a mulher na indústria do entretenimento, elas definitivamente tomaram para si os holofotes nas telinhas. O Emmy, a maior premiação da TV americana, foi dominado pelos dramas The Handmaid's Tale e Big Little Lies. Ambos, além de protagonizados por um grupo de mulheres, discutem ramificações do machismo cotidiano - uma num contexto futurista distópico, outra acompanhando os problemas familiares de um grupo de amigas.
Mas elas não se limitaram aos dramas: 2017 também foi o ano das mulheres na comédia, com a estreia de GLOW, série baseada em eventos reais, e Ela Quer Tudo, o retorno de Spike Lee ao seu filme de 1986 sobre uma mulher apaixonada por três homens.
Relembre a seguir 8 séries inéditas de 2017 que colocaram as mulheres nos holofotes:
Bônus: Girls
2017 também marcou a despedida de Girls das telinhas e, por isso, ela não poderia ficar fora desta lista. O sexto ano da série de Lena Dunham mostrou o amadurecimento do grupo de amigas, agora já indo para a casa dos 30 anos, deixando claro que na vida nem sempre teremos todas as respostas. Apesar de ser alvo de várias críticas, Girls foi um marco ao inovar no formato e no retrato da juventude americana.
Alias Grace
Baseada na ficção histórica de Margaret Atwood Vulgo Grace, a minissérie retoma o intrigante caso real de uma empregada de 16 anos condenada à morte pelo assassinato do seu patrão e de uma governanta, no século XIX. Mas, mais do que instigar a dúvida se ela é culpada ou não, Alias Grace abre a porta para discussões sobre aborto, assédio e discriminação contra o imigrante.
As Telefonistas
A produção original da Netflix segue quatro jovens mulheres de diferentes partes da Espanha que têm em comum, além do emprego de telefonista, a vontade de lutar por independência na década de 1920 - período em que o debate de gênero não era lá muito comum. Além da discussão feminista, As Telefonistas também retrata seus dilemas amorosos e questões cotidianas.
Ela Quer Tudo
Spike Lee retoma seu primeiro longa-metragem na série Ela Quer Tudo, da Netflix. Protagonizada por Tracy Camilla Johns, a produção acompanha os dramas de uma mulher bem resolvida vivendo três romances paralelos, mas que sofre uma pressão social pelas suas escolhas.
GLOW
Baseada em eventos reais, GLOW retrata um grupo de mulheres que estrela um programa semanal de luta-livre feminina nos anos 1980. Alison Brie e Betty Gilpin vivem as protagonistas, antigas amigas que querem ser atrizes e veem nesta produção sua última chance de realizar seus sonhos.
The Marvelous Mrs. Maisel
Criada por Amy Sherman-Palladino, The Marvelous Mrs. Maisel mostra a reviravolta na vida de Miriam "Midge" Maisel, uma dona de casa que aparentemente tem tudo o que uma mulher poderia sonhar nos anos 1950: marido, filhos e um bom apartamento. Porém, quando ela descobre seu talento para comédia, ela se vê deixando para trás essa vida "perfeita" para tentar a sorte como comediante de stand-up.
The Handmaid's Tale
Exibida no Hulu nos Estados Unidos, The Handmaid's Tale mostrou um futuro distópico bastante assustador nas telas. Na sociedade totalitária de Gilead, que lida com a queda da taxa de natalidade, as mulheres férteis são propriedades do Estado, condenadas à servidão sexual para repovoar este mundo devastado por desastres naturais. Mas, o que a princípio parece um amanhã improvável, se prova não tão distante da nossa realidade.
Feud: Bette and Joan
Na primeira temporada da mais nova série antológica de Ryan Murphy, o espectador pode acompanhar a história da rivalidade entre Bette Davis e Joan Crawford, interpretadas por Susan Sarandon e Jessica Lange, respectivamente. Mais do que mostrar uma briga histórica em Hollywood, Feud expõe o sexismo na indústria.
Big Little Lies
Com Reese Witherspoon, Shailene Woodley e Nicole Kidman como protagonistas, a série acompanha a vida aparentemente perfeita de três mulheres que, inesperadamente, se envolvem num assassinato. Baseada na obra homônima de Liane Moriarty, Big Little Lies mostra os dramas conjugais destas amigas e conduz um importante debate sobre violência doméstica.
