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13 Reasons Why causou aumento em pesquisas de prevenção e métodos de suicídio, segundo estudo

Pesquisa demonstrou o impacto do seriado da Netflix

31.07.2017, às 17H42.
Atualizada em 31.07.2017, ÀS 18H04

Alguns meses após toda a discussão gerada, um estudo publicado pela JAMA Internal Medicine demonstrou o impacto que 13 Reasons Why teve na internet.

A pequisa observou um aumento em pesquisas relacionadas à suicídio nas semanas seguintes ao lançamento do seriado da Netflix, mostrando aumento parecido nas buscas de prevenção e métodos de tirar a própria vida - tema ao qual o programa é fortemente criticado por incentivar. "Não podemos certificar se as pesquisas de 'Como se matar' foram feitas por pura curiosidade ou por indivíduos suicidas contemplando uma tentativa", esclarece.

A equipe de médicos responsável pelo artigo acadêmico então nota que, mesmo com incerteza relacionada à finalidade das pesquisas, o efeito negativo vêm de descuidos da produção. "Os produtores deveriam ter tomado medidas para diminuir o número pesquisas relacionadas à métodos suicidas, como foi encorajado por especialistas. Por exemplo, prestar mais atenção às normas de prevenção de suicídio poderia ter protegido contra efeitos não-intencionados. Especificamente, a equipe de pesquisa aponta que a série se beneficiaria de enfatizar a busca por ajuda ao prover informações listando passos de prevenção antes e depois de cada episódio, como sugerir a Linha Nacional de Prevenção de Suicídios.

Além disso, a escolha de mostrar graficamente a morte da protagonista foi uma decisão controversa, com evidências sugerindo que descrições detalhadas de como e onde uma pessoa cometeu suicídio pode ser um fator para indivíduos vulneráveis contemplando a tentativa."

Por fim, o estudo conclui que a influência da série é inegável, mas que é preciso prestar mais atenção no que 13 Reasons Why deixou de lado. "Fica claro que há uma forte resposta ao seriado que pode encorajar outros a produzir programas parecidos. Sendo esse o caso, é imperativo que os produtores e transmissoras demonstrem que são responsáveis etica e socialmente ao aderirem às normas de comunicação segura e provendo aos jovens espectadores, e os adultos em suas vidas, com os recursos necessários para processar conteúdo emocional, especialmente dado que tal conteúdo é oferecido para ser assistido por curto período de tempo (maratonas).

Essa imersão na história e imagens podem ter um forte efeito em adolescentes, cujo os cérebros ainda estão desenvolvendo a habilidade de inibir certas emoções, desejos e ações. Finalmente, mesmo que seja reconfortante ver um aumento no número de pesquisas de prevenção de suicidio, essa maior atenção devem ser acompanhada por uma melhora correspondente na preparação para identificar e intervir em jovens com risco de suicídio."

Em comunicado, a Netflix respondeu a publicação do estudo [via Hollywood Reporter]: "Nós sempre acreditamos que esse programa iria aumentar a discussão sobre esse assunto tão tenso. Esse estudo experimental confirma isso. Estamos de olho em mais pesquisas e levando em conta todo aprendizado enquanto nos preparamos para a segunda temporada."

A segunda temporada de 13 Reasons Why já começou a ser gravada, de acordo com uma postagem no Snapchat da atriz Katherine Langford - saiba mais. Brian Yorkey, produtor da atração, revelou que, apesar do primeiro ano ter encerrado o ciclo das fitas de Hannah, a história da jovem que cometeu suicídio não está acabada e que ela estará de volta na nova fase - saiba mais.

Ainda não há previsão de estreia para os capítulos inéditos de 13 Reasons Why.

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