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Crítica

Orange is the New Black - 3ª Temporada | Crítica

Litchfield fica cada vez mais populosa, mas troca de protagonistas garante que todas tenham o seu espaço

15.06.2015, às 19H39.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H43

Orange is the New Black tem um grupo extenso de protagonistas. A terceira temporada percebe isso e deixa de focar principalmente em Piper (Taylor Schilling), voltando as câmeras e os flashbacks para outras personagens, que ainda precisavam de mais espaço para contar suas histórias pré-prisão.

Diferente do primeiro ano, no entanto, a série dá uma guinada quando todas aquelas mulheres encarceradas já são nossas conhecidas, facilitando a compreensão de vidas passadas e dando mais importância para fatos que aconteceram há anos e hoje são importantes cicatrizes naquelas personalidades.

O ano três vai além e ainda introduz alguns novos rostos; entre detentas, guardas e os novos gestores de Litchfield, a casa fica ainda mais cheia. Apesar das novidades, seguimos para conhecer mais sobre personagens que até então haviam sido deixados no segundo plano - incluindo Joe Caputo (Nick Sandow), Sam Healy (Michael Harney) e John Bennett (Matt McGorry), além das detentas que também ganharam uma viagem ao passado, revelando aos espectadores o motivo de estarem ali: Norma (Annie Golden), Leanne Taylor (Emma Myles), Flaca Gonzales (Jackie Cruz), entre outras.

Com a chegada da terceira temporada, fica cada vez mais definitiva a percepção de que OITNB é uma série pensada para o longo prazo. As incontáveis protagonistas revezam os holofotes, dando espaço para que outras personagens tão boas quanto elas sejam exploradas, mas sem perder o ritmo. A série não deixa de lado também a trama dentro da prisão, introduzindo novas possibilidades sem deixar a situação forçada.

A iniciativa da Netflix de liberar todos os episódios de uma só vez pode prejudicar OITNB de uma forma que não acontece com suas outras séries. Por ser uma dramédia com capítulos de uma hora de duração, aqueles que fazem a maratona infindável quando uma nova temporada é lançada acabam sugados a um mundo onde algumas tramas são rápidas e efêmeras, enquanto outras acabam mais memoráveis. Desta forma, o que deveria ser uma jornada de alguns meses na vida das presidiárias de Litchfield, acaba se tornando um cansado filme de 13 horas.

Mesmo assim, existem ótimos momentos duradouros que se desenvolvem ao longo dos episódios. Entre eles estão o relacionamento entre Big Boo (Lea DeLaria) e Pennsatucky (Taryn Manning), a "santificação" de Norma, a ascensão de Piper à vida criminal, Alex (Laura Prepon) lidando com as consequências de seu medo... Tais tramas são a prova final de que OITNB é uma série a ser acompanhada com tempo entre episódios, permitindo a degustação de cada passo dado nessas jornadas.

OITNB deve passar por grandes mudanças em seu já garantido quarto ano. O episódio final da terceira temporada deixa alguns ganchos no ar que podem indicar um reboot na série, principalmente com a chegada das novas detentas e a introdução de Judy King (Blair Brown), estabelecendo o tipo "Martha Stewart", que certamente ganhará mais destaque futuramente. Coisas boas vêm por aí.

Nota do Crítico
Bom

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