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Crítica

Supernatural - 11ª Temporada | Crítica

Mudança de produtor garantiu retorno da série às origens

08.08.2016, às 19H07.
Atualizada em 08.08.2016, ÀS 19H32

Supernatural teve o retorno para a 11ª temporada marcado por um dos hiatos mais longos já enfrentados pela série. Fator que, somado a tensão dos últimos acontecimentos da 10ª temporada, só contribuiu para aumentar a ansiedade do público, fazendo a série bater um de seus recordes de audiência no episódio de estreia, sendo também uma das maiores aberturas do ano da CW. Números que representaram uma agradável surpresa, considerando a longevidade do programa. 

Conhecida por suas seasons finales de tirar o fôlego - onde tudo vira de cabeça para baixo, o próximo grande problema é apresentado e um dos irmãos morre ou fica extremamente próximo disso -  o décimo ano terminou no meio da caçada de Rowena (Ruth Connell) pela cabeça de Crowley (Mark Sheppard), com Castiel (Misha Collins) totalmente enfeitiçado e sendo mera marionete da bruxa, a Morte (Julian Richings) morta e Sam (Jared Padalecki) libertando a escuridão em uma última tentativa desesperada de remover permanentemente a marca de Caim gravada em Dean (Jensen Ackles). A nova temporada começa exatamente onde a anterior parou, com os irmãos Winchesters dentro do Impala tentando escapar do local em que a Escuridão foi libertada. Dean tem seu primeiro encontro com a poderosa figura, que se mostrou muito mais pacata do que o esperado.

Mesmo com tanta expectativa e fãs devotados à série, o retorno não foi muito aclamado. A promessa de uma volta às origens começou a ser questionada após um começo sem ritmo ou emoções, passando a impressão de que os três primeiros episódios eram um grande “filler” dividido em partes. A virada de espírito veio com “Baby”, o quarto episódio, narrado pelos olhos do Impala. A partir deste ponto tudo começou a andar, seguindo o formato das temporadas iniciais. Dean e Sam pareceram finalmente entender que funcionam melhor quando se unem para lutar contra qualquer ameaça e não entre eles. Crowley e Castiel, apesar de constantes e de extrema importância para o enredo, não foram mais tratados como protagonistas, chegando a nem aparecer nas histórias focadas nos irmãos.

Episódios cheios de nostalgia mostraram flashbacks da infância dos dois – destaque para “Just My Imagination” (s11e08), em que os irmãos ajudam o antigo amigo imaginário de Sam, em um arco hilário e, ao mesmo tempo, tocante.  Também voltaram ao programa o instinto protetor da dupla e até mesmo o bom e velho lema dos Winchesters, que há muito parecia ter sido esquecido - “salvar pessoas, caçar coisas, o negócio da família”. Essa reviravolta da temporada se deve à saída de Jeremy Carver, produtor-principal desde o oitavo ano. Robert Singer, produtor-executivo desde o episódio-piloto, assumiu o cargo. Membro oficial da equipe, sem nunca ter se afastado do projeto, além de assinar um grande número de episódios como roteirista e diretor,  Singer sabe como manter o foco sempre na família, seguindo a proposta original do criador Eric Kripke.

A temporada seguiu extremamente balanceada, surpreendendo com novas criaturas, trazendo antigos personagens para matar a saudade, mantendo as boas e velhas “piadas de quinta série” que dão o tom de deboche dos irmãos e retomando a mitologia em torno dos Homens das Letras. Uma vez resolvidos os conflitos entre Dean e Sam, a trama passou a ficar entre céu e inferno. Após um dos maiores mistérios terem sido revelados e Chuck (Rob Benedict) assumir ser Deus, acompanhamos Lúcifer (Mark Pellegrino) sair da jaula, com direito a birra por um pedido de desculpas e muitos outros anjos ressentidos.

A escuridão, que se apresentou inicialmente como um bebê, cresceu rapidamente ao longo dos episódios. Batizada como Amara (Emily Swallow), ela teve momentos hilários com o Rei do Inferno, que tentava ser um "bom pai". O  conflito contra Amara fez alianças inesperadas, em sequências bem construídas. Apesar da quantidade de personagens e intensidade das interações, a confusão foi evitada. No entanto, após muita propaganda sobre o tamanho da ameaça que a Escuridão representava, foi fácil demais derrotá-la. Uma grande surpresa foi deixada para a última cena. Quando  já se considerava a temporada terminada, apesar de nenhum dos irmãos ter morrido, Amara resolve dar um presente para Dean: Mary Winchester, sua mãe, retorna à vida.

O desfecho despertou muitas dúvidas e especulações entre os fãs agora que o último grande mistério da série parece ter sido resolvido. Será que com Deus de volta, o céu finalmente voltará a ordem? Dean e Sam ainda precisarão caçar? Uma vez que a morte de Mary foi o estopim para toda a jornada dos Winchesters, seria a volta dela o fim? Sam se recuperará? Dean finalmente poderá viver a vida com a mãe como sempre sonhou? Os Homens das Letras  terão sua história decentemente contada? Fica realmente difícil saber o que esperar da próxima temporada, já que nenhuma pista concreta foi dada neste último episódio. A sensação geral é que a série realmente caminha para seu final. Segundo, Kripke, porém, essa resposta está com Jared Padalecki e Jensen Ackles (leia mais). Enquanto os dois quiserem, a história dos Winchesters continua. Que venha então o 12º ano em outubro. 

Nota do Crítico
Bom
Supernatural
Encerrada (2005-2020)
Supernatural
Encerrada (2005-2020)

Criado por: Eric Kripke

Duração: 15 temporadas

Onde assistir:
Oferecido por

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