A disputa pelos direitos sobre Superman teve mais um passo nos tribunais da Califórnia nesta semana. Desta vez a justiça pendeu para o lado da Warner Bros.: o juiz Otis D. Wright recusou o pedido de Jean Peavy, irmã do primeiro desenhista do herói, Joe Shuster (1914-1992), para reaver os direitos sobre o Homem de Aço.
A decisão do juiz se baseia num documento que Peavy assinou em 1992 com a DC Comics. A irmã entrou em contato com a editora pedindo que esta arcasse com as últimas dívidas do irmão recém-falecido. Em troca, a DC pediu que ela assinasse um documento onde admitia que nunca viria a tentar reaver os direitos sobre Superman. A DC ainda paga uma pensão anual de US$ 25 mil a Jean Peavy, que é a única herdeira de Joe Shuster.
Não é o fim do caso, porém. Além da irmã de Shuster poder apelar da decisão, a principal disputa se dá entre a Warner Bros. e a família do outro criador do Superman, Jerry Siegel (1914-1996) - que em 2008 ganhou uma parcela dos direitos sobre aspectos da origem do personagem.
Na semana passada, Laura Siegel Larson, filha de Siegel, divulgou uma carta à imprensa onde resume sua versão do processo até o momento: "A Warner gastou aproximadamente US$ 35 milhões com advogados para combater minha família e os Shusters ao invés de investir num acordo justo", escreve. Ela ainda diz que os constantes ataques da Warner a seu advogado, Marc Toberoff - que ela diz que só receberá o primeiro centavo por sua participação no caso quando este estiver concluído, e se ela tiver sucesso -, é apenas uma tática para tirar a atenção do processo real.
O grande julgamento do processo deve ficar para 2013 - e deve pegar fogo antes da estreia de Superman: O Homem de Aço nos cinemas.
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