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Valente | Omelete Entrevista Katherine Sarafin e Mark Andrews

Eles falam sobre a possibilidade de uma sequência para "Os Incríveis"

18.07.2012, às 16H27.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H17

Diretor e produtora falam sobre as dificuldades técnicas do filme, o desenvolvimento de softwares e de qual filme da Pixar eles gostariam de fazer uma sequência.

Como vocês estão hoje?

Mark Andrews: Bem, estamos bem.

Katherine Sarafin: Bem, e você?

Eu estou excelente. Quando eles disseram: nós vamos levá-los para a Escócia para fazer a junket. Vocês ficaram na dúvida?

MA: Sim, absolutamente. Nós pensamos: só Escócia?

KS: Sim, nós fizemos... Nós gostamos de fechar o círculo, porque toda a jornada começou aqui. A primeira viagem de pesquisa começou em Edimburgo. E nós dirigimos para Highlands daqui. Então, agora voltar, e tem junket em Edimburgo! É legal, mas por dentro... Por dentro...

MA: Nós temos um fechamento. Nós estamos finalmente em casa.

Falando nisso... Vocês começaram a trabalhar no filme em 2005, 2006, há tanto tempo. Estou curioso em como o filme final é, comparado com o que vocês originalmente acharam que estavam fazendo?

MA: É... A história... Filme é uma das presas mais ilusórias que existem. Porque você tem as ideias, no começo. E eu ainda acredito que a ideia original ainda continua lá, no centro de "Valente".

KS: Sim, com certeza.

MA: Ainda aquela primeira apresentação, que a outra diretora, Brenda Chapman, criou, há tantos anos. Mas eu acho que o resultado final é algo que ninguém pode prever. Porque têm tantas formas diferentes de fazer as coisas, e o que acaba sendo no final... É, simplesmente, muito trabalho. Uma viagem épica enorme que nós temos que fazer, como artistas, produtores de filme e contadores de histórias, para criar.

KS: Aquele núcleo familiar foi o princípio da história. Ainda está muito intacto. E se passar na Escócia, e todas essas ideias. Mas todo filme da Pixar tem essa "viagem", e é um caminho que você nunca sabe aonde irá acabar. É como em "Ratatouille". Um rato que quer cozinhar.

Enquanto estamos esperando, vou perguntar algo que não tem relação alguma. Obviamente, eu sou um grande fã da Pixar. Quais dos filmes da Pixar vocês mais gostariam de ver uma sequência?

MA: Tem que ser "Os Incríveis".

KS: Eu tenho que concordar. Eu adoraria ver "Os Incríveis", também. Eu acho que seria legal. Eu não consigo imaginá-la acontecendo agora, mas eu acho que seria legal.

MA: Tem que ser "Os Incríveis".

Eu diria que, para fãs e para mim, eu acho, este é o que todos queremos ver. E se vocês, que estão na Pixar, não conseguem fazê-lo, nós temos um grande..

MA: Um grande problema.

KS: Eu acho que estávamos tão focados em "Valente", ultimamente, mas agora que está acabando e podemos ver a frente… Eu acho que é realmente uma família. Mark e eu nos sentimos próximos de "Os Incríveis" como uma família. Nós dois trabalhamos no filme. Nós nos conhecemos no filme. Nós amamos o filme. E a história e aqueles personagens... Seria legal viver com eles novamente, e ver onde estão agora. Tipo, como Violeta cresceu? E do que a Helena está gostando agora?

MA: Quem está se casando?

KS: Quem está se casando?

Nós estamos totalmente de acordo. Eu realmente preciso que isto aconteça.

KS: Nós vamos anotar aqui.

Sobre as dificuldades técnicas deste filme, estou curioso sobre os problemas que vocês tiveram de vencer... E, também, qual é o próximo obstáculo técnico que a Pixar poderá superar em algum projeto futuro? Ou o que vocês acham que deve ser superado?

MA: Eu acho que, neste ponto, nós podemos fazer qualquer coisa. Mas, tudo volta para o que a história exige. Como visualizamos isso e damos vida. Então... Nós podemos fazer cabelo e tecido, e nós podemos fazer simulação de água... Mas nós temos efeitos de partículas. Nós temos muitas ferramentas para usar, mas nós nunca usamos bem desta forma. Então, eu acho que a maioria das nossas conquistas tecnológicas são meio invisíveis neste filme. Usamos novas formas de pegar isto que já sabemos fazer e misturar de uma nova forma para termos uma floresta e tecidos. E multidões! As multidões foram um grande salto em como usualmente fazemos os personagens coadjuvantes, ou não. E, claro, o cabelo dela! Nós nunca fizemos esse cabelo encaracolado enorme. Mas tudo isto está a serviço da história. Então, eu acho que o próximo obstáculo tecnológico, ou o que podemos fazer, será, ou como o fluxo do processo de arte para técnicos se dará, ou alguém pensará em alguma ideia que nós não temos a tecnologia para fazer. E, então, nós faremos.

KS: Mesmo neste filme, nós começamos o projeto e nós não tínhamos a tecnologia, ou alguma ideia de como fazer o cabelo. Quando começamos. E, enquanto isso, nós estamos inventando o software e construindo-o, e plugins para os softwares, só para lidar com o cabelo. E depois fomos dando os toques finais nele. Até semanas atrás, ajustando problemas e outras coisas. Eu acho que a inovação que eu queria ver a Pixar fazer, e, conforme continuamos, fazemos isto todo ano e melhoramos, é a capacidade de mudança e flexibilidade. Porque nós podemos ser capazes de criar qualquer mundo que queremos, ou que imaginamos. Mas nós não conseguimos, necessariamente, fazer tudo rapidamente e mudar facilmente. E nós queremos fazer tudo "dirigível", para que... As tarefas que o diretor Brad Bird teve que fazer durante "Os Incríveis", como fazer o cabelo de Violeta. Ele pedia: por favor, não deixe ela passar muito a mão no cabelo, e esse tipo de coisa. E ele realmente os desafiou. Agora o Mark pôde dirigir o cabelo de Merida de diversas formas. Então, se o ponto da história muda, ele pode falar: ela está frustrada aqui, ela deve fazer isso. E isto é uma coisa que conseguimos dirigir agora. Então, através dos anos, nós nos tornamos capazes de mudar mais as coisas, mais flexíveis. E as histórias estão sempre mudando. Nós sempre estamos mudando coisas. E, nas histórias, nós sempre queremos poder mudar as coisas, tecnologicamente, sem debilitar o processo. Tipo, é muito difícil, precisamos de um tempo!

Eu entendo completamente. Eu tenho que terminar com vocês, mesmo eu tendo mais umas 17 perguntas... Então, muito obrigado pelo seu tempo. Parabéns pelo filme.

Valente estreia nesta sexta no Brasil.

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