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10.000 a.C.

Diretor de filmes-catástrofe entra na máquina do tempo para contar história de amor

06.03.2008, às 16H40.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H34

O tamanho é importante, sim. Mais do que a história. Pelo menos deve ser isso o que pensa o cineasta alemão Roland Emmerich. Seus filmes envolvem destruição de metrópolis por monstros gigantes (Godzilla), invasão alienígena (Independence Day), massacres no meio da guerra de independência (O Patriota) e até o fim do mundo (O Dia Depois de Amanhã). Não importa a desculpa, se você quer fazer um longa-metragem com muita ação e nenhum espaço para o espectador pensar, ele é o cara!

E podem criticar à vontade, espernear e até fazer protestos que não vai adiantar. Enquanto houver cinema e pipoca, este gênero e principalmente estes diretores de aluguel vão continuar ganhando dinheiro e gerando ainda mais lucros para seus empregadores. Se serve como consolo, pelo menos o alemão se cerca de ótimos profissinais e sabe como gastar o seu orçamento em nome da diversão.

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Em 10.000 a.C. (10.000 b.c., 2008) somos levados a uma viagem no tempo. Mais de 12 mil anos atrás, época em que os nômades estão com seus dias contados - pelo menos é o que tenta ensinar o maior caçador de uma tribo, quando deixa tudo para trás, inclusive seu filho D'Leh (Steven Strait), para procurar outras formas de sobreviver em dias de comida escassa. Excluído das brincadeiras e treinamentos por ter um pai covarde, que deixou todos na mão, o jovem só encontra paz ao lado de Tic'Tic (Cliff Curtis), único que sabe das verdadeiras intenções do velho amigo, e da órfã Evolet (Camilla Belle). Dona de lindos olhos azuis, a menina é vista pela feiticeira local como parte uma antiga profecia que vai livrar a tribo da sua atual situação: o jovem guerreiro que conseguir derrotar sozinho um mamute se torna o novo líder e de brinde leva a mão da donzela. Apaixonado, D'Leh vai fazer de tudo para ser o ganhador.

E aí começam os problemas de roteiro. D'Leh não vai ser "O Escolhido" apenas uma vez. Ao longo de sua jornada, outras profecias e coincidências vão deixá-lo sempre no papel principal. É como se ele fosse ao mesmo tempo Jesus, Moisés e Maomé... com drealocks! Mas embora a sua legião de seguidores vá aumentando por onde passa, o objetivo em comum não é semear a paz, mas sim resgatar aqueles que foram raptados pelos demônios sobre quatro patas (também conhecidos como escravizadores a cavalo) e levados para o fim do mundo, onde trabalham na construção de enormes pirâmides em homenagem ao deus das unhas grandes. Já se perdeu? Não faz mal! O que importa é que D'Leh vai enfrentar animais enormes e famintos, percorrer montanhas congeladas, desertos infinitos e selvas traiçoeiras. Tudo isso em apenas 109 minutos.

Mas o uso dos adjetivos rápido, divertido e apaixonante devem ficar por aí. As filmagens foram bastante tensas e envolveram incidentes climáticos como nevascas fora de época na Nova Zelândia e intensos nevoeiros na Namíbia. Pode ser a mãe natureza dando o troco naquele que já destruiu o mundo algumas vezes e prepara um novo apocalipse, 2012. O filme, assim como a vida de D'Leh, é uma mistura de várias profecias que garante o fim da Terra daqui a quatro anos. Por via das dúvidas, o projeto estréia em 2010, a tempo de mais um pouco de lucros, diversão e pipoca.

Veja entrevista com Camilla Belle e clipes no Especial 10.000 a.C.

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