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Crítica

Grande Menina, Pequena Mulher | Crítica

<i>Grande menina, pequena mulher</i>

15.01.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H15

Grande menina, pequena mulher
Uptown Girls

EUA, 2003
Comédia
- 92 min.

Direção: Boaz Yakin
Roteiro: Allison Jacobs, Julia Dahl, Mo Ogrodnik e Lisa Davidowitz

Elenco:Brittany Murphy, Dakota Fanning, Marley Shelton, Donald Faison, Jesse Spencer, Heather Locklear

Há certos dias em que a gente está mais sensível, se emociona até com os comerciais da TV. Um segundo após a razão toma as rédeas e nos sentimos uns paspalhões por uma coisa tão tola ter nos tocado. Se você estiver num desses dias Grande menina, pequena mulher, de Boaz Yakin (Duelo de Titãs) vai te comover e fazer rir. O contrário também procede. Se a história te pega num dia ranzinza, azar o dela (ou o seu), porque não haverá risadas, muito menos lágrimas. Em suma, estamos falando de um filme bonitinho, mas inconsistente e em que tudo (ou quase tudo) é previsível e óbvio - o que pode, na verdade, acabar sendo um ponto positivo, afinal é isso que seu público quer.

A aposta principal é na dupla de protagonistas. Brittany Murphy (como Molly Gunn) tem em seu currículo recente duas boas bilheterias, Recém-casados e 8 Mile - rua das ilusões. A pequena Dakota Faninng (como Ray) acaba de estrelar O Gato e brilha em I am Sam - Uma lição de amor, de 2001. Sua presença garante ao filme outro ponto positivo. Já a personagen de Brittany é extremamente estereotipada. Boa mesmo é a participação do novato australiano Jesse Spencer, não pela sua atuação, mas sim pela sua carinha bonita e voz afinada.

Criança de 40, mulher de 8

Molly Gunn é uma garota nova-iorquina popular e exuberante, herdeira de um astro do rock falecido num trágico acidente. Ela vive numa realidade "paralela" em que não tem que se preocupar com nada até ser surpreendida por um golpe do seu contador. Sendo assim Molly é obrigada a ingressar no mundo real e arrumar um trabalho. Entra em cena Ray, uma menininha precoce, sistemática e solitária, que aos 8 anos age com uma mulher de 40. Nenhuma babá até então foi capaz de suportá-la. Caberá a Molly o temível desafio.

É em torno da relação dessas duas garotas completamente diferentes e emocionalmente perturbadas que a história circula. Entre o desprezo e a cumplicidade surge uma relação afetiva em que uma ajudará a outra a se encontrar e perceber o verdadeiro peso de suas idades.

Grande menina pequena mulher é um filme levinho, para garotas, em que todos os acontecimentos são tratados de forma superficial, apesar da aparente complexidade emocional das personagens. Voltando àquela discussão inicial, se seu humor estiver apto a enfrentar tudo isso, vá fundo. Se não, deixe para pegar na locadora e assistir num dia chuvoso, embaixo do cobertor e um namorado compreensível do lado.

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