David Fincher conversou com nossos parceiros do Collider e falou sobre Star Wars, George Lucas e modificação do conteúdo de filmes durante relançamentos.
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O diretor disse ser contra novas versões ou alterações nos efeitos especiais para os lançamentos em Blu-ray e DVD: "Para o Blu-Ray de Clube da Luta, havia algumas cenas que, uma vez em alta definição, parecem sujas e acabam se destacando mais do que deveriam. Fizemos uma redução, limpamos algumas coisas, mas não mudamos as cenas; as cenas são aquilo que elas são. Atualmente estão fazendo um Blu-ray de Vidas em Jogo [de 1997] e existem muitas coisas que eu adoraria consertar, mas simplesmente acho que um filme é uma expressão de um tempo e de um lugar. É o ponto onde você está na sua carreira, é o ponto onde estão todos os atores nas suas carreiras, é São Francisco naquele outono. Simplesmente não acredito em mudar isso", explicou.
Ainda assim, Finsher admite que, se estivesse no lugar do diretor de Star Wars, conhecido por suas intermináveis modificações a cada lançamento, sua percepção poderia ser outra: "Se fosse dono dos copyrights de tudo, eu provavelmente me sentiria diferente [sobre as alterações]".
O diretor disse preferir Star Wars a Star Trek e elegeu O Império Contra-Ataca como o seu favorito: "O primeiro filme é um feito incrível, é um A+. E acho que O Império Contra Ataca é um A++ pois é um daqueles filmes que marcaram (...). Quando vi que George Lucas ia fazer os AT-ATs em stop-motion e que um personagem importante seria interpretado por Frank Oz como uma marionete, eu pensei, 'Esse cara tem culhões'. Eram surreais os riscos que ele estava disposto a correr para contar sua história. O elenco é espetacular, todos trabalham bem, é divertido, é absurdamente bom. Entretenimento absurdamente bom, cinema incrível".
Fincher atualmente divulga Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres, que estreia em 27 de janeiro no Brasil. Nós já vimos o filme - leia o nosso texto de primeiras impressões.
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